O futuro da Grécia decide-se esta segunda-feira. Depois de muitos adiamentos, impasses e incertezas, há agora boas perspectivas para o «fumo branco». O ministro das Finanças francês, Francois Baroin, adiantou já que os ministros da União Europeia já têm tudo o que precisam para aprovar um segundo resgate.
Opinião idêntica tem o ministro das Finanças gregos, Evangelos Venizelos, que esta manhã garantiu que a Grécia fez tudo o necessário para receber o novo pacote de ajuda e que, por isso, as discussões no Eurogrupo vão prolongar-se «até ao último minuto».
«Já temos todos os elementos para um acordo», disse Baroin em declarações à rádio Europe 1, antes do encontro dos ministros das Finanças da zona euro, em Bruxelas, no qual se espera a aprovação de um pacote de ajuda financeira a Atenas, no valor de 130 mil milhões de euros.
Baroin revelou que vai defender essa posição no Eurogrupo, enquanto ministro das Finanças de França.
No domingo, o secretário de Estado do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, confirmou o apoio dos Estados Unidos a um novo empréstimo do Fundo Monetário Internacional a Atenas.
Os ministros das Finanças da zona euro avaliam hoje, em Bruxelas, se a Grécia cumpre todos os requisitos exigidos para um segundo programa de assistência financeira, devendo acordar o novo balão de oxigénio para o país.
Depois de semanas de muitas incertezas e tensão, parecem estar finalmente reunidas as condições para o Eurogrupo dar luz verde ao segundo resgate a Atenas, tendo-se multiplicado nos últimos dias as mensagens de confiança sobre a obtenção de um acordo na reunião, que decorrerá ao final da tarde em Bruxelas.
Os sinais positivos surgiram inclusive da Alemanha, um dos Estados-membros que se mostrou mais exigente nas contrapartidas exigidas à Grécia.
O caminho para o novo programa de ajuda, que evitará a bancarrota da Grécia, ficou desbravado na quarta-feira, numa reunião por teleconferência dos titulares das pastas das Finanças do espaço monetário único.
No final desta reunião, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, disse estar confiante de que os 17 estarão em condições de tomar uma decisão no encontro de hoje.
No anterior encontro do Eurogrupo em Bruxelas, a 10 de Fevereiro, o ministro das Finanças português, Vítor Gaspar, defendeu que o acordo para o segundo resgate à Grécia será um «importante elemento de credibilização e estabilização» para a área do euro e «muito benéfico para um país como Portugal».
Pela negativa, nota para as previsões do FMI sobre a dívida pública da Grécia, que deverá superar os limites impostos pelo Fundo em 2020.
Grécia: «Temos todos os elementos para um acordo»
- Redação
- VC
- 20 fev 2012, 08:45
Garantia vem de França
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