O défice orçamental em contas públicas totalizou 2.616 milhões de euros no primeiro semestre, menos 406 milhões de euros, em comparação com o período homólogo, divulgou esta quinta-feira o Ministério das Finanças.
Num comunicado que antecede a publicação, pela Direção-Geral de Orçamento (DGO), da síntese de execução orçamental até junho, o ministério liderado por Mário Centeno afirma ainda que o excedente primário ascendeu a 2.565 milhões de euros, o que reflete um aumento de 494 milhões de euros.
A melhoria do saldo global é explicada por um crescimento da receita (2,5%) superior ao aumento da despesa (1,3%)”, lê-se no documento.
Até junho, a receita fiscal cresceu 2,5%. De acordo com o documento do Ministério das Finanças, para esse aumento "contribuiu em grande medida o aumento da receita líquida do IVA (4,4%)", assim como o comportamento do mercado de trabalho, "visível no crescimento de 6,8% das contribuições para a Segurança Social".
O Governo tem como meta um défice de 0,7% do PIB em 2018.
A despesa da Administração Pública também cresceu, desta feita 1,3%. Para isso contribuiu "o aumento da despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e das prestações sociais, em particular com a prestação social para a inclusão".
O SNS registou um crescimento na despesa de 4,1%, acima do orçamentado, refletindo um aumento de 4,4% das despesas com bens e serviços e o crescimento de 56% do investimento.
A despesa com pensões da Segurança Social diminuiu 1% influenciada pelo efeito do fim do pagamento de subsídio de natal em duodécimos. Corrigida deste efeito, a despesa com pensões cresce cerca de 3%.