Não é só a reputação da Samsung Electronics que ficou manchada com os casos de explosão e combustão do Galaxy Note 7. Os números também falam por si: os lucros da empresa nipónica caíram 30% por causa disso no terceiro trimestre deste ano.
A Samsung informou, designadamente, que os seus lucros operacionais para o período entre julho e setembro foram de 5,2 biliões de won (4,2 mil milhões de euros), em comparação com os 7,3 biliões conseguidos há um ano.
Uma queda em linha com a estimativa feita pela empresa há duas semanas, depois de ter decidido suspender a produção e venda do Galaxy Note 7.
É um dos mais recentes casos de fiasco empresarial. O novo modelo Galaxy foi apresentado em grande apoteose e jurava revolucionar o mercado, quer ao nível das comunicações móveis como no recurso ao smartphone para captar imagem, vídeo, audio e jogar. A critica elogiou o aparelho e os utilizadores mostravam-se satisfeitos com a invenção.
Mas o sonho transformou-se em pesadelo quando começaram a surgir relatos de equipamentos que se tinham incendiado.
A Samsung informou os consumidores que estava a investigar os casos e pediu aos utilizadores que desliguem o equipamento. Mais tarde a gigante tecnológica pediu aos consumidores que devolvessem o aparelho e até criou um vídeo com instruções para que o processo fosse feito em segurança
Apesar de ter tomado todas as precauções, os problemas persistiram e a gigante sul-coreana não arriscou mais problemas e ordenou a recolha imediata e mundial de todos os equipamentos.
Antes deste anúncio, a empresa sofria já uma forte queda na Bolsa de Seul – onde as ações da companhia caíram 8,04% - a maior perda de valor em oito anos.
Agora para além das perdas catastróficas, a Samsung ainda vai enfrentar processos em tribunal de consumidores lesados pela perda do equipamento