O diretor-geral da empresa, Rui Martins, disse à Lusa que a fábrica funciona na freguesia de S. Cosme do Vale, ocupando parte das antigas instalações da Têxtil Manuel Gonçalves, que arrendou.
Uma “boa parte” da mão-de-obra também foi recrutada localmente, aproveitando o know-how de trabalhadores com muitos anos de experiência em fiação, mas que entretanto ficaram desempregados.
“A existência de instalações e de mão-de-obra foram fatores que pesaram decisivamente na nossa escolha de Famalicão para nos instalarmos”, referiu Rui Martins, sublinhando que o investimento foi, sobretudo, em maquinaria, já que o edifício "apenas precisou de pequenas obras".
A fábrica dedica-se à produção de fios técnicos, de valor acrescentado, “articulados com a tendência da moda do momento”.
Em causa estão fios multicores, com brilhos metálicos, diferentes aplicações e mistura de fibras.
“Trabalhamos por encomenda, ao lote”, acrescentou, sublinhando que os fios ali produzidos se dedicam essencialmente à indústria de malhas e à tecelagem.
Aos trabalhadores experientes, a empresa juntou uma geração mais jovem, para garantir a transferência do conhecimento e o futuro do negócio.
Neste momento, 15 a 20 por cento da produção da Inovafil já é para “exportação direta”.
“Mas, na prática, quase toda a produção é para exportação, já que muito do produto que é comprado por clientes nacionais acaba por ir lá para fora”, disse ainda Rui Martins.
A fábrica é inaugurada na segunda-feira, numa cerimónia onde está prevista a presença do ministro da Economia, António Pires de Lima.