Leite: "Medidas são bem vindas, mas não chegam" - TVI

Leite: "Medidas são bem vindas, mas não chegam"

Protesto dos produtores de leite em Bruxelas

Federação Agrícola dos Açores reagiu às medidas anunciadas em Conselho de Ministros

As medidas anunciadas pelo Governo da República para apoio ao setor leiteiro "são bem-vindas", no entender da Federação Agrícola dos Açores, mas "não são suficientes".

O presidente da federação, Jorge Rita, entende que além da isenção de pagamentos à Segurança Social e da linha de crédito de 50 milhões de euros, aprovados no Conselho de Ministros, são necessárias mais ajudas para minorar a "situação grave que o setor leiteiro atravessa".

"A suspensão do pagamento à Segurança Social por 90 dias é uma medida que registamos com agrado, mas toda a gente sabe que poderá não ser suficiente, atendendo à situação grave que o setor leiteiro atravessa, não apenas a nível regional, mas também a nível nacional e comunitário", lembrou o dirigente associativo, em declarações à Lusa.

No seu entender, "todos os apoios são bem-vindos", assim como todas as iniciativas que permitam baixar os custos de produção, mas ressalvou que é necessário que todos tenham a noção de que é preciso fazer mais.

"Aguardamos com alguma expetativa para saber o que é que na região poderá vir a ser feito no setor leiteiro, que poderá atravessar uma das maiores crises de sempre de toda a sua história", acrescentou o presidente da Federação Agrícola dos Açores.

O Governo da República aprovou hoje o plano de ação para apoio ao setor leiteiro, que inclui a isenção contributiva para a Segurança Social, durante três meses, a criação de uma linha de crédito e o incentivo às exportações e ao consumo.

As medidas excecionais destinam-se a combater a crise que se verifica no setor leiteiro, devido ao fim das quotas leiteiras e ao embargo russo aos produtos alimentares da União Europeia.

A Comissão Europeia já anunciou, entretanto, a criação de um pacote de ajuda no valor de 500 milhões de euros para apoiar os produtores agrícolas europeus, mas, apesar de não se saber quanto cabe ainda a cada país, o Governo dos Açores já reivindicou uma maior fatia desses apoios.
Continue a ler esta notícia