Diz que o momento mais complicado da sua presidência foi 2015, na pré-privatização da TAP. Sobreviveu a muitos políticos, governos e ministros, mas não se considera político.
No "Jornal das 8" da TVI, Fernando Pinto, afirma que nunca imaginou estar tanto tempo na TAP: "pensei que ia chegar por cerca de dois a três anos, e as primeiras conversas foram poucas animadoras, pensei que ficava um ano."
Mas acabou ficar por 17 anos. Sobre o segredo da longevidade da sua gestão, e se se considera político, refere que a TAP: "É uma experiência política interessante, mas não sou nada político."
Houve momentos difíceis, mas o que mais recorda é a pré-privatização, em 2015. "2014 foi um ano difícil, mas 2015 foi o pior ano. O mercado fechou-se [em termos de financiamento] ". A hipótese de o governo voltar atrás e não vender parte da companhia, não o preocupou tanto, porque “tinha estado a maior parte do tempo numa empresa do Estado", garante.
Orgulha-se de deixar uma companhia com resultados positivos e que também ajudou a abrir o mercado, pelas apostas que foi fazendo. " Nós também aumentámos o mercado e ele ficou interessante para as low costs, por exemplo", acrescenta.
Sobre o futuro, apesar de a empresa estar "muito sólida", Fernando Pinto considera que tem "grandes desafios, porque causa do investimentos em novos aviões, etc."
Desafios para os quais, diz, o seu sucessor, Antonoaldo Neves, " é um homem muito bem preparado."