Ferraz da Costa: principal problema é a fraca competitividade - TVI

Ferraz da Costa: principal problema é a fraca competitividade

Presidente do Fórum para a Competitividade defende reorientação das empresas para a exportação e atração do investimento direto estrangeiro

O presidente do Fórum para a Competitividade, Pedro Ferraz da Costa, diz que o principal problema com que Portugal se confronta é o da degradação acentuada da competitividade externa da economia.

«O nosso principal problema é a degradação acentuada da competitividade externa da economia portuguesa» e «é nos índices internacionais de competitividade que é mais fácil verificar o que recuámos», disse Ferraz da Costa no seminário «IDE em Portugal- Atrair Capitais Para Criar Emprego», que decorre no Centro de Congressos de Lisboa.

Em 2000, Portugal ocupava o 22º lugar do ranking World Economic Forum, em 2004 desceu para a 24º posição e depois desse ano foi ultrapassado em média por três países por ano, situando-se no 49º lugar em 2012.

Segundo Ferraz da Costa, Portugal perdeu 27 lugares num «indicador com grande visibilidade, de forma regular, apesar de alguns esforços conseguidos em melhorar neste indicador», cita a Lusa.

O economista disse que o Governo tem centrado, «e bem», a sua ação nos «enormes» desequilibrios macroeconómicos do país, nomeadamente o défice orçamental e o défice comercial e da balança corrente mas, agora, o desafio coloca-se ao nível da melhoria da competitividade da economia portuguesa para que possam ser assegurados novos empregos.

Ferraz da Costa defendeu a reorientação das empresas para a exportação e a atração do investimento direto estrangeiro.

«É urgente que se possa concentrar agora em contribuir para criar um setor exportador competitivo», acrescentou.

O economista afirmou também que Portugal tem de estimular o investimento direto estrangeiro, pois trata-se da «única variável» da criação de emprego a curto prazo.

«Espero que o Governo se concentre iguamente no redesenho de uma administração pública moderna, eficiente e financeiramente computável, caraterísticas que neste momento não possui», conclui.
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