A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública abandonou hoje as negociações com o Governo sobre as medidas a incluir no próximo Orçamento do Estado (OE), indignada com os aumentos salariais de 0,3% propostos pelo executivo.
De acordo com o que relatou aos jornalistas a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, a comitiva sindical aguardou a chegada do secretário de Estado da Administração Pública, José Couto, entregou um documento a exigir 90 euros de aumento salarial e abandonou a sala.
A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública abandonou hoje as negociações com o Governo sobre as medidas a incluir no próximo Orçamento do Estado (OE), indignada com os aumentos salariais de 0,3% propostos pelo executivo.
De acordo com o que relatou aos jornalistas a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, a comitiva sindical aguardou a chegada do secretário de Estado da Administração Pública, José Couto, entregou um documento a exigir 90 euros de aumento salarial e abandonou a sala.
É um insulto não vale a pena qualquer discussão”, disse a dirigente, prometendo “uma resposta forte” por parte dos trabalhadores do Estado, adiantando que no dia 19 os trabalhadores votarão uma proposta de luta e vão mobilizar-se.
Segundo Ana Avoila, a Frente Comum não concordou, desde logo, “com a forma como o Governo fez este simulacro de negociação”, determinando unilateralmente o fim das negociações salariais anuais.
“Enviou uma convocatória impondo duas reuniões uma no início e outra no final e dá-se ao luxo de marcar ele a negociação suplementar, não aceitamos intromissões nos direitos dos sindicatos”, disse.
Sobre os aumentos salariais para o próximo ano “está tudo indignado”.
Não nos passava pela cabeça que o Governo tivesse a desfaçatez de apresentar uma proposta destas”, disse Ana Avoila, referindo que a proposta apresentada pelo executivo de António Costa representa no melhor dos cenários um aumento de seis cêntimos por dia para os assistentes operacionais, nove para administrativos e 12 para técnicos superiores.
O argumento de que “não há dinheiro” não convence a Frente Comum, que fala em “opções políticas”.
A Frente Comum pretende continuar a ronda de reuniões que iniciou com os partidos com assento parlamentar, faltando o PS, PSD e Bloco de Esquerda.
O Governo volta hoje a reunir-se com os sindicatos da Função Pública depois de ter apresentado, na quarta-feira, uma proposta de aumentos salariais de 0,3% para 2020, o que motivou duras críticas dos dirigentes sindicais.
A proposta considera como referencial para aumentos salariais de 2020 a taxa de inflação observada até novembro de 2019 (de 0,3%, para todos os trabalhadores)”, avançou o Ministério das Finanças em comunicado na tarde de quarta-feira, enquanto decorriam as negociações orçamentais com os sindicatos no Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, em Lisboa.
Segundo adiantou aos jornalistas o secretário de Estado do Orçamento, João Leão, o impacto do aumento salarial da função pública em 2020 será de 60 a 70 milhões de euros.
O Governo defende que a atualização salarial no próximo ano, somada às outras medidas já tomadas com impacto nas remunerações, como o descongelamento das progressões na carreira, terá um custo total de 715 milhões de euros, correspondente a um aumento médio de 3,2% por trabalhador.
O valor representa um aumento de 49 milhões de euros face a 2019, em que são esperados gastos de 666 milhões de euros, destaca o Governo num documento divulgado após as reuniões de quarta-feira com os sindicatos.
, disse a dirigente, prometendo “uma resposta forte” por parte dos trabalhadores do Estado, adiantando que no dia 19 os trabalhadores votarão uma proposta de luta e vão mobilizar-se.
Segundo Ana Avoila, a Frente Comum não concordou, desde logo, “com a forma como o Governo fez este simulacro de negociação”, determinando unilateralmente o fim das negociações salariais anuais.
“Enviou uma convocatória impondo duas reuniões uma no início e outra no final e dá-se ao luxo de marcar ele a negociação suplementar, não aceitamos intromissões nos direitos dos sindicatos”, disse.
Sobre os aumentos salariais para o próximo ano “está tudo indignado”.
“Não nos passava pela cabeça que o Governo tivesse a desfaçatez de apresentar uma proposta destas”, disse Ana Avoila, referindo que a proposta apresentada pelo executivo de António Costa representa no melhor dos cenários um aumento de seis cêntimos por dia para os assistentes operacionais, nove para administrativos e 12 para técnicos superiores.
O argumento de que “não há dinheiro” não convence a Frente Comum, que fala em “opções políticas”.
A Frente Comum pretende continuar a ronda de reuniões que iniciou com os partidos com assento parlamentar, faltando o PS, PSD e Bloco de Esquerda.
Atualização salarial de 0,3% é "vexatória"
A presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, considerou que a proposta de atualização dos salários na Administração Pública de 0,3% é “vexatória”.
Nós entendemos que de facto esta proposta do Governo é uma proposta vexatória não só para os trabalhadores da Administração Pública, mas pelo sinal que dá a todos os empregadores para poderem fazer o mesmo aos seus trabalhadores”, disse a dirigente sindical em declarações aos jornalistas após a reunião com o secretário de Estado da Administração Pública, José Couto.
Isto é vexar o trabalhador, aquele que vive do seu trabalho. Nós entendemos que esta questão já tinha sido afastada e que estávamos agora em outro processo. Foi isso que dissemos ao Governo”, afirmou.
Helena Rodrigues diz assim que “não poderão acompanhar esta proposta” e que os trabalhadores deverão decidir o que fazer a partir daqui.
Temos que exigir que o valor e o fator trabalho seja remunerado de forma digna”, declarou.
O Governo voltou esta sexta-feira a reunir-se com os sindicatos da Função Pública depois de ter apresentado, na quarta-feira, uma proposta de aumentos salariais de 0,3% para 2020.
Segundo o secretário de Estado do Orçamento, João Leão, o impacto do aumento salarial da função pública em 2020 será de 60 a 70 milhões de euros.
O Governo defende que a atualização salarial no próximo ano, somada às outras medidas já tomadas com impacto nas remunerações, como o descongelamento das progressões na carreira, terá um custo total de 715 milhões de euros, correspondente a um aumento médio de 3,2% por trabalhador.
O valor representa um aumento de 49 milhões de euros face a 2019, em que são esperados gastos de 666 milhões de euros, destaca o Governo num documento divulgado após as reuniões de quarta-feira com os sindicatos.