Fundos: Bruxelas vai decidir “em larga medida” com base no OE2017 - TVI

Fundos: Bruxelas vai decidir “em larga medida” com base no OE2017

Tanto para Portugal como para Espanha. Comissão Europeia espera que os planos orçamentais estejam em linha com as decisões do Conselho sobre a correção dos défices excessivos

A decisão da Comissão Europeia sobre a possível suspensão de fundos a Portugal e Espanha “dependerá em larga medida” das propostas de Orçamento para 2017 que os países devem apresentar até sábado. O vice-presidente Valdis Dombrovskis espera que as medidas que serão conhecidas na sexta-feira, no caso de Portugal, respondam às exigências de Bruxelas. Pressão adicional, no dia em que o Conselho de Ministros está a ter uma reunião extraordinária, precisamente para ultimar o documento que gere as contas públicas. 

“Relativamente à suspensão parcial de fundos estruturais e de investimento para Espanha e Portugal, que está atualmente a ser discutida também entre Comissão e Parlamento Europeu, dependerá em larga medida das propostas de Orçamento de Espanha e Portugal para o próximo ano e, designadamente, se esses orçamentos estão em linha com as decisões do Conselho para a correção do défice excessivo”

Centeno pode travar suspensão de fundos no final de outubro

Comissária europeia não acredita na suspensão de fundos a Portugal

Na conferência de imprensa no final de uma reunião de ministros das Finanças da UE (Ecofin), no Luxemburgo, o vice-presidente da Comissão responsável pelo Euro apontou que é prematuro antecipar uma avaliação ao plano orçamental português para 2017, já que os Estados-membros “têm até 15 de outubro” para apresentar o documento, mas insistiu que aquilo que espera é que “os Estados-membros apresentem esboços de planos orçamentais que estejam em linha com as decisões do Conselho sobre a correção dos défices excessivos”, garantindo assim o cumprimento das metas orçamentais, cita a Lusa.

Também em relação ao processo de suspensão parcial de fundos que ainda decorre – depois de em julho a Comissão Europeia ter decidido a suspensão de multas aos dois países no quadro dos procedimentos por défice excessivo -, o ministro das Finanças da Eslováquia, país que preside neste semestre ao Conselho da UE, salientou que o importante é que os dois países deem mostras de “ação efetiva”.

O mais importante em todo este processo iniciado em julho é ver ação efetiva por parte de Espanha e Portugal, e acredito que este é o nosso objetivo comum partilhado".

O Governo deve apresentar até 15 de outubro em Bruxelas a proposta de Orçamento de Estado para 2017 – cuja apresentação na Assembleia da República está agendada para a próxima sexta-feira -, assim como um relatório de “ação efetiva”, que tanto Lisboa como Madrid ficaram de entregar para dar conta dos progressos feitos para a correção dos respetivos défices excessivos.

Através desse relatório, Portugal deve demonstrar que tomou as medidas necessárias para assegurar a correção do défice, tendo o ministro das Finanças, Mário Centeno, já explicado que o documento irá “refletir a execução orçamental de 2016”, o que o Governo considera suficiente, pois demonstra que os compromissos serão cumpridos.

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