Rocha Andrade diz que não sabia que ia ser constituído arguido - TVI

Rocha Andrade diz que não sabia que ia ser constituído arguido

  • VC - Atualizada às 13:25
  • 11 jul 2017, 13:14

Secretário de Estado demissionário dos Assuntos Fiscais continua a dizer que não praticou qualquer "ato ilícito", mas admite, porém, que continuar em funções seria um "fator de perturbação"

Tal como "há um ano", o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, agora demissionário, mantém que não cometeu qualquer ato ilícito no caso das viagens ao Euro2016. Constituído arguido pelo Ministério Público, Fernando Rocha Andrade garante que não sabia que ia sê-lo ge só esta manhã foi notificado.

"Tive conhecimento de que havia arguidos constituídos no processo graças a relações funcionais", disse no parlamento, declarando que o seu chefe de gabinete tinha sido constituído arguido e informou-o desse facto. Apresentou o pedido de exoneração um dia antes de ser oficialmente constituído arguido.

Nunca tive conhecimento que ia ser constituído como arguido"

 

A minha opinião desde há um ano para cá não se alterou em nada. Há um ano considerei que não tinha cometido um ilícito, continuo a manter essa minha opinião"

Depois, explicou também aos deputados da comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa que o seu pedido de exoneração "é motivado por um facto superveniente e novo". Quer, garante, "poder esclarecer cabalmente o Ministério Público".

Entendi, e o senhor primeiro-ministro compreendeu, que a continuidade em funções seria um fator de perturbação"

Rocha Andrade foi chamado àquela comissão por outro assunto, as offshore, mas o início da sua audição foi marcado pelas "circunstâncias tristemente originais" - como definiu no arranque Cecília Meireles, do CDS-PP - de o governante ser escutado depois de ter pedido a demissão.

Rocha Andrade deixa o Governo três meses antes da entrega do Orçamento do Estado para 2018 e com o dossier da reforma do IRS por terminar. O seu colega com a pasta das Finanças, Mourinho Félix, garantiu ontem que deixa a "máquina preparada" para que o trabalho continue e respeite o calendário previsto: outubro. Já o sindicato dos trabalhadores dos impostos tem dúvidas.

Também João Vasconcelos (secretário de Estado da Indústria) e Jorge Costa Oliveira (secretário de Estado da Internacionalização) pediram ao mesmo tempo, no domingo, a exoneração dos cargos. São também arguidos no mesmo caso.

 

 

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