Combustíveis em queda na semana que vem - TVI

Combustíveis em queda na semana que vem

Combustíveis

Segunda semana de descida dos preços. Veja onde pode abastecer mais barato

Melhores notícias esta semana no que toca aos preços dos combustíveis. A confirmar-se a previsão, a que a TVI24 teve acesso, menos dois cêntimos por litro de descida, tanto no gasóleo como na gasolina, depois de ambos já terem descido na passada semana. Veja aqui http://www.precoscombustiveis.dgeg.pt/ onde pode abastecer mais barato, se for um posto próximo de si.

Uma descida que pode ser temporária tendo em conta que a matéria-prima, que está na base de uma das componentes de constituição do preço de referência (aquele que serve de cálculo ao que pagamos quando vamos abastecer) continua a cotar em alta. Esta sexta-feira, cada barril de Brent, petróleo a contar em Londres e que serve de base às nossas importações, caí ligeiramente, mas valia 76,70 dólares. O quadro em baixo mostra o cálculo mensal do preço de referência e como a tendência é de alta.

No caso hipotético, mas menos hipotético que há uns meses, do crude chegar aos 100 dólares o barril, a gasolina, ultrapassará os dois euros por litro e o gasóleo estará acima de 1,7 euros por litro [se pensarmos que, em média, um depósito de combustível são 40 litros, na gasolina chegará ao 80 euros atestar]. Estamos a falar de quase o dobro do que pagamos hoje.

Antes destas duas descidas semanais os combustíveis estavam a subir há dez semanas. Uma fatura pesada no bolso dos consumidores, se pensarmos que cerca de metade nos dois combustíveis são impostos. Impostos com os quais o Governo arrecada cerca de 200 milhões de euros por ano e nos quais disse que não vai mexer. 

De resto, os gráficos, da Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis, em baixo, ilustram bem o peso dos impostos no que pagamos pro litro de combustíveis:

 

Esta quinta-feira a Autoridade da Concorrência apresentou um estudo, pedido em 2017 pelo Governo, para atestar das margens dos agentes no processo, em que refere que os custos de política fiscal têm o maior peso nos preços de venda ao público dos combustíveis rodoviários, tendo aumentado 49% no gasóleo e 30% na gasolina desde 2004.

De acordo com a análise à formação de preços dos combustíveis, no dia 22 de fevereiro a carga fiscal representava 63% do preço de venda ao público da gasolina e 56% do preço do gasóleo, com o Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP), que foi aumentado em 2016, a pesar 44,3% e 36,8%, respetivamente.

Em 2016, o Governo aumentou o ISP em seis cêntimos por litro para corrigir a perda de receita fiscal resultante da diminuição da cotação internacional do petróleo, e comprometeu-se a fazer uma revisão trimestral do valor do imposto em função da variação do preço base dos produtos petrolíferos, o que levou a pequenas reduções do ISP ao longo desse ano.

No entanto, em 2017, o Governo deixou de rever o valor do imposto, apesar das variações do preço do petróleo.

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