Aumentos das prestações sociais custam 173 milhões em 2016 - TVI

Aumentos das prestações sociais custam 173 milhões em 2016

Conjunto de despesa associado ao aumento de pensões andará perto de 80 milhões de euros

O Governo disse esta quinta-feira que o aumento das pensões e do abono de família e a reposição dos valores de referência do Rendimento Social de Inserção e do Complemento Social para Idosos custam 173 milhões de euros em 2016.

Na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros desta manhã, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social disse que "o conjunto de despesa associado ao aumento de pensões andará perto de 80 milhões de euros", apesar de admitir que ainda não foi determinado "com exatidão" o valor da atualização das pensões.

A este valor acrescem cerca de 50 milhões de euros com a reposição dos valores de Rendimento Social de Inserção (RSI), 37 milhões de euros com o aumento dos três primeiros escalões do abono de família e seis milhões de euros com o Complemento Social para Idosos (CSI).
 

Pensões abaixo de cerca de 628 euros são atualizadas

​O Conselho de Ministros aprovou a  atualização do valor das pensões do regime geral, a reposição dos valores de referência do Complemento Social para Idosos (CSI) e do Rendimento Social de Inserção (RSI) e o aumento do abono de família.

Vieira da Silva, anunciou que o Governo pretende voltar a aplicar a lei n.º53-B/2006, que estava suspensa desde 2010, o que significa que "todas as pensões abaixo de cerca de 628 euros", ou seja, uma vez e meia o indexante de apoios sociais (o IAS, que é de 419,22 euros) serão atualizadas em linha com o valor da inflação.

Vieira da Silva lembrou que esta lei previa a atualização anual das pensões, com base em dois indicadores (o crescimento económico e a inflação) e que, de acordo com os números deste ano, "cerca de dois milhões de pensões" serão aumentadas (dois milhões no regime de Segurança Social e 120.000 pensões no regime da Caixa Geral de Aposentações), sem precisar qual o valor exato desse aumento.

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social anunciou ainda que o Governo aprovou a reposição do valor de referência do CSI e do RSI (e das escalas de referência), bem como o aumento dos três primeiros escalões do abono de família.

Já no que diz respeito ao abono de família, o Governo aprovou a atualização dos três primeiros escalões do abono de família: "para 3,5% no primeiro escalão, 2,5% no segundo e 2% no terceiro", disse o ministro, acrescentando que "também foi aumentado em 10 pontos percentuais a majoração do abono de família para as famílias monoparentais".

No que diz respeito ao CSI, Vieira da Silva disse que a legislação que regula esta prestação não contributiva "no sentido de elevar o valor de referência para valores próximos do que é o limiar de pobreza", para que, explicou, os idosos com pensões baixas possam ver acrescido o seu rendimento.

Sobre o RSI, o governante disse que as alterações foram feitas na escala de equivalências, ou seja, o peso que cada membro tem no agregado familiar e, portanto, na atribuição da prestação familiar, o que se reflete "numa recuperação do valor de referência".

O ministro disse que estas foram as únicas alterações que foram introduzidas ao RSI, admitindo que "manterá todos os instrumentos que permitam uma inspeção desta medida" e assegurando que se mantém a obrigatoriedade da procura de trabalho, que existe desde o início da criação desta prestação social: "Não seria agora o Governo [socialista] que criou esta prestação que a iria retirar".

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