O primeiro-ministro, António Costa, lembrou esta segunda-feira que a venda do Novo Banco deve ser feita, de acordo com os compromissos assumido com Bruxelas, até agosto de 2017, e há tempo para "bem decidir o que tem de ser decidido".
"O Governo obteve da União Europeia a prorrogação por mais um ano do prazo para tomar decisões sobre o Novo Banco, até agosto de 2017", lembrou António Costa, que falava durante uma visita ao Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB), em Lisboa.
E concretizou: "A obtenção deste prazo visa sobretudo diminuir a ansiedade das senhoras e senhores jornalistas, a preocupação de todos nós, e sabermos que temos tempo para em conformidade e bem decidir o que tem de ser decidido, no momento próprio e em tranquilidade".
O chefe do Governo não comentou contudo a entrevista do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, ao semanário Expresso, onde o responsável respondeu a declarações recentes do primeiro-ministro sobre o banco central dizendo que "seria curioso" demitir-se "por um pequeno incidente".
O Novo Banco, detido em exclusivo pelo Fundo de Resolução bancário, que consolida nas entidades públicas, deverá ser vendido até agosto de 2017, depois de a Comissão Europeia ter estendido por um ano a data para a sua alienação.
No entanto, nos últimos dias, foi lançada a hipótese de o banco continuar na alçada do Estado.
Além do PCP e do Bloco de Esquerda defenderem esta solução, também o ex-presidente da instituição Vítor Bento defendeu que a nacionalização do Novo Banco poderia ser uma oportunidade para liderar o processo de consolidação bancária.