“Se eu disse que não é o [ponto] principal é porque muito provavelmente não deve estar contemplado”, afirmou o governante, citado pela Lusa, na Universidade Europeia de Madrid, comentando o plano entregue na segunda-feira pela administração da TAP ao Governo.
Em declarações aos jornalistas, Pires de Lima disse desconhecer o documento, ressalvando que “o centro das políticas de sustentabilidade que este Conselho de Administração está a propor, até ao momento em que a empresa seja privatizada de facto, não tem como ponto principal os despedimentos”.
O governante remeteu o pedido de mais esclarecimentos para o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, “que é quem está em mais permanente contacto com a administração da TAP”.
Na segunda-feira, o Conselho de Administração da TAP entregou ao Governo a sua proposta para ultrapassar as dificuldades de tesouraria, que tinha sido solicitada pelo executivo, na sequência da greve dos pilotos, entre 01 e 10 de maio.
O governante justificou "que este esforço teve de ser pedido", porque a TAP já estava numa situação financeira bastante tensa e encontra-se agora "numa linha muito fina do ponto de vista de tesouraria (…) com este custo adicional de 35 milhões de euros", causado pela greve de dez dias de alguns pilotos.