O ministro da Economia, António Pires de Lima, escusou-se esta quinta-feira, em Bruxelas, a «intrometer-se» na discussão sobre a eventual reposição de feriados em Portugal, por considerar que se trata de uma «questão fundamentalmente partidária».
«Essa é uma discussão fundamentalmente partidária, que suponho que se fará ao nível do parlamento», disse Pires de Lima à saída de uma reunião de ministros da Competitividade da União Europeia, quando questionado sobre o regresso à agenda nacional da questão dos feriados.
«Eu, enquanto ministro da Economia, como deve compreender, não devo intrometer-me nessa discussão. Cada um fará a interpretação que muito bem entender desta minha não intromissão nessa agenda, que é uma agenda que deve ser liderada, suponho eu, pelas forças políticas que têm representação na Assembleia da República», afirmou.
Já o ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, tinha afirmardo esta quinta-feira, no final do Conselho de Ministros, que a reposição de feriados não é assunto sobre a mesa do Governo PSD/CDS-PP e é uma questão que não se coloca.
Já sobre a decisão, anunciada esta quinta-feira pelo Governo, de serem concedidos dois dias de tolerância de ponto aos funcionários públicos no Natal e Ano Novo, e questionado sobre se tal não poderá afetar a produtividade do país, Pires de Lima admitiu que estava a saber pelos jornalistas da «novidade».
«Está a dar-me uma novidade. Confesso que é uma novidade, que eu não vejo que tenha qualquer relevância do ponto de vista do meu comentário», concluiu.
O Governo anunciou que vai conceder tolerância de ponto aos funcionários públicos a 24 de dezembro e noutro dia à escolha, a gerir pelos serviços, entre 26, 31 de dezembro e 2 de janeiro.
Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, justificou esta decisão com o facto de este ano os feriados do Natal, 25 de dezembro, e do Ano Novo, 01 de janeiro, calharem em quintas-feiras.
Reposição dos feriados? Pires de Lima não se intromete
- Redação
- DC
- 4 dez 2014, 16:40
Ministro da Economia diz que esta é uma questão fundamentalmente partidária
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