Segundo o Financial Times, o entendimento pode acontecer até ao final desta semana e trata-se de um acordo que não contempla “exigências racionais” e que não será “humilhante” para a Grécia.
“O nosso compromisso é, acima de tudo, proteger os trabalhadores e os pensionistas que foram vítimas da austeridade”, disse ao jornal um dos participantes na reunião do partido.
Recorde-se que no final de abril Alexis Tsipras tinha garantido que um acordo seria alcançado até ao dia 9 de maio. Passado esse dia, no último fim-de-semana, o governante assegurou que as negociações se encontram na “reta final”.
“Se não houver acordo, corremos o risco de assistir a uma repatição do que aconteceu no Chipre”, disse o antigo ministro dos negócios estrangeiros, referindo-se ao colapso dos bancos cipriotas em 2013.
Grécia descarta mais austeridade
O ministro das Finanças grego reitera que o país está comprometido com as reformas que tem de fazer, mas que não vai aceitar mais austeridade.A Grécia está empenhada e preparada para implementar uma série de reformas. O ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, diz que essas medidas passam pela liberalização da economia, pela reforma do sistema de pensões e por ter contas equilibradas e razoáveis.
“O nosso governo não pode aceitar – e não vai aceitar – uma cura que, ao longo de um período de cinco anos, se revelou pior que a doença”, adiantou.
Desde fevereiro que o Governo liderado por Alexis Tsipras está em negociações com os credores sobre as reformas estruturais e as medidas de consolidação orçamental a executar em contrapartida de ajuda financeira.
Apesar de o Governo helénico já ter apresentado várias listas com propostas, as instituições continuam a exigir medidas mais 'aceitáveis', sobretudo em termos de finanças públicas, pensões, legislação laboral e privatizações.
O tempo está a esgotar-se para a Grécia. Atenas continua à espera do desbloqueio de mais uma tranche de ajuda financeira, superior a sete mil milhões de euros.