Durante a noite, houve duas paragens para reuniões bilaterais e trilaterais. O primeiro-ministro grego já aceitou quase tudo, menos a criação de um fundo de privatizações. É o ponto que falta acordar, segundo o correspondente da TVI em Bruxelas.
16 h de cimeira. Tsipras continua a resistir a um fundo de privatizações controlado no estrangeiro e envolvimento do FMI. Cedeu no restante.
— Pedro Moreira (@PedroMoreiraTVI) 13 julho 2015
No Twitter, o ministro finlandês das Finanças já expressou a sua solidariedade para com os colegas que continuam sentados à mesa das negociações.
I wake up after a good to learn that #EUCO is still going on. Sympathies with all participants in and outside the room.
— Alexander Stubb (@alexstubb) 13 julho 2015
Há um ultimato para o acordo ser mesmo alcançado: Alexis Tsipras terá até quarta-feira para aprovar as reformas consideradas mais urgentes pelos credores, no parlamento. Isto com grande sacrifício político para o governo Syriza: aumentar as taxa de IVA e cortar pensões
As divergências subsistem sobretudo devido a dois pontos, designadamente o fundo de privatizações exigido pelos credores, assim como a participação do Fundo Monetário Internacional no novo programa de assistência que, no máximo, conseguiria encaixar 7 mil milhões de euros. Para além disso, Tsipras não quer que o dito fundo esteja sedeado no Luxemburgo.
Entre a espada e a parede, a verdade é que tudo pode acontecer. No domingo foi, inclusive, colocada em cima da mesa a hipótese de saída temporária da Grécia da zona euro. Nesta fase, impõe-se a pergunta, apesar de isto não ser um jogo ou uma brincadeira: game over?
"Inviável"
O ministro do Trabalho grego, Panos Skourletis, já veio dizer que o resgate grego que estará iminente é "inviável" e vai exigir o apoio da oposição ou mesmo um governo de unidade nacional para implementar as medidas de austeridade. E que terão de haver novas eleições este ano.
"Em circunstâncias diferentes , se houvesse normalidade , se não houvesse controlo de capital e um problema bancário, diria imediatamente que devíamos ir a eleições", expressou, citado pela Reuters. "As medidas do plano de resgate futuro não são viáveis".