Gregos: Governo é incapaz de resolver problemas - TVI

Gregos: Governo é incapaz de resolver problemas

Grécia (EPA)

Sondagem diz que dois em cada três gregos considera que país está «no mau caminho»

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Mais de metade dos gregos considera que o novo Governo de coligação liderado pelo conservador Antonis Samaras não será capaz de resolver os problemas da Grécia, indica uma sondagem divulgada esta sexta-feira.

A sondagem do Instituto Public Issue, publicada hoje no jornal grego «Kathimerini» indica que 51 por cento dos gregos não acredita que o novo governo grego seja capaz de resolver os problemas da Grécia e 47 por cento defende o contrário.

Segundo a sondagem, dois em cada três gregos considera que o país está «no mau caminho» e apenas um em cada quatro gregos acredita que «as coisas vão na boa direção».

O estudo também informa que o partido de centro-esquerda Dimar, sócio menor do governo de coligação, é o que maior aprovação recebe dos entrevistados, com uma percentagem de 60 por cento.

O apoio ao partido de Samaras passou de 36 por cento para 50 por cento, escreve a Lusa.

Entretanto, o Governo grego continua imerso nos debates sobre como convencer os parceiros europeus para obter uma prorrogação dos prazos dos objetivos para o défice marcado por Bruxelas e poder suavizar os cortes, a principal promessa eleitoral de Samaras.

Ainda existem diferenças no seio da coligação com vários ministros a assegurar que não haverá novos cortes e outros a afirmar que é necessária uma poupança adicional de 3.000 milhões de euros para satisfazer os compromissos assumidos pelo anterior Governo de Lukas Papademos com a União Europeia (UE).

Segundo a imprensa grega, estão em estudo cortes das pensões superiores a 1.500 euros e a introdução de taxas universitárias, mas a decisão final só será conhecida quando o governo apresentar o novo plano à «troika» internacional (Comissão europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) quando esta visitar o país a 24 de julho.

Na visita da semana passada a Atenas, os chefes de missão da «troika» confirmaram que o programa de reformas exigido em troca do segundo resgate, um empréstimo de 130 mil milhões de euros, «descarrilou» e exigiram resultados antes de falar de qualquer renegociação.

O comissário europeu de Política Regional, Johannes Hahn, afirmou hoje em Atenas que está «satisfeito» com os avanços efetuados pela Grécia na área que tutela.
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