Krugman considera que Tsipras e o Governo de Atenas avançaram para o confronto direto sem qualquer plano B. "Surpreendentemente, eles pensaram que poderiam pedir termos melhores (no acordo) sem ter qualquer plano alternativo. (…) Não pensei que pudessem tomar uma posição sem ter um plano de urgência", disse
"Isso certamente é um choque", resumiu.
Paul Krugman, aquando da convocação do referendo pediu aos gregos que votassem "Não" à proposta dos credores. Ainda assim, o conceituado economista considera que as novas condições impostas à Grécia “são ainda piores, mas as condições que lhes propunham também não iriam funcionar".
Quanto a uma possível saída da Zona Euro, não excluiu a possibilidade: "Ou conseguem obter uma espécie de redução massiva da dívida, que ainda não garantiram, ou vão ter de sair".
Contudo, Krugman considera que as repercussões serão tão graves como as registadas durante a falência do banco de investimentos Lehman Brothers, que precipitou a crise financeira mundial. O prémio Nobel da economia considerou que um eventual "Grexit" teria "enormes implicações para o futuro do projeto europeu”.
“Se a Grécia sair e começar a recuperar, o que provavelmente acontecerá, isso seria uma forma de encorajar outros movimentos políticos a contestar o euro", lembrou.