Só circularam 17% dos comboios até ao meio-dia - TVI

Só circularam 17% dos comboios até ao meio-dia

  • VC (Notícia inicialmente inserida às 11:10 e atualizada)
  • 25 dez 2018, 12:58

Greve de trabalhadores da CP com maior impacto neste segundo dia de paralisação

Depois da consoada, também neste dia de Natal há greve dos comboios. Neste segundo dia de paralisação dos revisores, ao que tudo indica a vida vai ficar mais complicada para quem precisa deste meio de transporte, por comparação com segunda-feira.

Num primeiro balanço, a CP deu a indicação de que, até às 09:00, só tinham circulado 11,5% dos comboios. Um segundo balanço, até ao meio-dia, aumentou essa percentagem:

Até às 12h da manhã, circularam 41 comboios, dos quais 32 pertencentes aos serviços mínimos, que foram decretados pelo Tribunal Arbitral para os serviços urbanos de Lisboa e Porto. O número de comboios programados até esta hora era de 243".

Ou seja, circularam apenas cerca de 17% das ligações previstas. 

Hoje de manhã, em Lisboa, a TVI24 constatou que o ambiente era bastante calmo, com vários comboios suprimidos. Sendo manhã de Natal, era natural não haver muita movimentação. As pessoas que se encontravam na estação do Rossio maioritariamente turistas, que queriam ir visitar Sintra, por exemplo, e depararam-se com comboios suprimidos, sem previsão de novo horário.

Ontem, até às 18:00, foram realizados 56% dos comboios programados, segundo a empresa.

A paralisação termina hoje à meia noite, mas a CP espera que na quarta-feira a circulação ainda tenha perturbações.

Reivindicações

A paralisação foi convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) e pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), que contestam o “incumprimento do acordado com o Governo, em setembro de 2017, referente ao recrutamento de 88 trabalhadores operacionais […] da área comercial itinerante e para as bilheteiras da CP".

As duas estruturas sindicais afirmam que o executivo e a CP estão em "incumprimento para com os trabalhadores" que representam na negociação da contratação coletiva desde 1 de outubro deste ano, referindo que “têm realizado várias iniciativas e apelos junto da empresa e do Governo para que o processo negocial fosse concretizado, não tendo até ao momento obtido qualquer respostas às propostas do Acordo de Empresa e regulamento de carreiras apresentadas".

Conforme anunciado na sexta-feira, os serviços mínimos da greve dos trabalhadores da CP incluem a circulação de quase 190 comboios, nos serviços urbanos de Lisboa, nos urbanos do Porto, na Linha de Cascais e na Linha de Setúbal.

 

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