Taxistas pedem audiência urgente ao Governo por causa da greve dos combustíveis - TVI

Taxistas pedem audiência urgente ao Governo por causa da greve dos combustíveis

  • VC (Notícia atualizada às 13:04)
  • 17 abr 2019, 11:17
Protesto de taxistas em Lisboa

Federação Portuguesa do Táxi está muito preocupada com a "escassez generalizada de combustível" e quer um plano de contingência. Já os distribuidores farmacêuticos querem entrar na lista de prioritários

Os taxistas estão a ver-se a braços com grandes transtornos na sua atividade, por causa da falta de combustível, decorrente da greve dos motoristas de matérias perigosas, que decorre desde segunda-feira. A Federação Portuguesa do Táxi pediu entretanto uma audiência urgente ao Governo.

"Considerando a escassez generalizada de combustível nos postos de abastecimento a nível nacional, principalmente nos grandes centros urbanos, a FPT solicita uma audiência urgente ao Governo", lê-se numa nota enviada à comunicação social.

[O objetivo é a] criação de um plano de contingência que garanta o fornecimento de combustível ao serviço público de transporte em táxis, disponibilizando-se as bombas de veículos pesados".

Nesta manhã de quarta-feira, ao telefone com o Diário da Manhã da TVI, Florêncio Almeida, presidente da ANTRAL, disse que a falta de combustível está "a causar grandes transtornos".

Se greve continuar vai complicar-se. Tenho já conhecimento de que alguns táxis estão a ter muita dificuldade e horas de espera para abastecer".

Florêncio Almeida afirmou, inclusive, que passou por um posto onde estavam "mais de 200 carros" à espera para abastecer.

O responsável da ANTRAL considerou que a greve é um direito, mas que "compete ao Governo" garantir o abastecimento aos setores prioritários, como bombeiros, aeroportos, hospitais e, disse, taxistas: "somos um serviço público".

Porém, os taxistas não estão contemplados nos serviços mínimos. Em teoria, podem aceder aos 40% de postos de abastecimento que vão ser reabastecidos em áreas urbanas. Uma percentagem que, segundo o sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, os transportes públicos devem esgotar.

Distribuidores farmacêuticos querem entrar na lista de prioritários

Os distribuidores farmacêuticos querem ser incluídos na lista de entidades prioritárias para abastecimento de combustível e manifestam preocupação com o impacto da greve dos motoristas de matérias perigosas na área do acesso ao medicamento.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação de Distribuidores Farmacêuticos (Adifa), Diogo Gouveia, afirmou que as empresas de distribuição de medicamentos às farmácias pretendem "ser incluídas na lista de entidades prioritárias" para receber combustível, de forma a "não colocar em risco a acessibilidade ao medicamento".

Altice aciona gabinete de crise e plano de prevenção

A Altice Portugal anunciou, também esta quarta-feira, que acionou o Gabinete de Crise com um plano preventivo de contingência para, perante a crise energética, garantir a normalidade das telecomunicações e serviços de interesse público como TDT, SIRESP e 112.

"Na sequência da declaração de reconhecimento de crise energética por parte do Governo, a Altice Portugal acionou de imediato o Gabinete de Crise com um plano preventivo de contingência robusto de forma a garantir a normalidade das telecomunicações e serviços críticos de interesse público como a TDT, SIRESP e 112", refere a empresa em comunicado.

Explica que identificou também "como edifícios com atividade fulcral os localizados em Monsanto, Picoas, Linda-a-Velha, Data Center da Covilhã, Estação Satélite de Alfouvar, Tenente Valadim e Estações de amarração de Cabos Submarinos".

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