A unidade do Cadaval da Valorsul foi a única a registar até às 16:00 de terça-feira alguma atividade, disse hoje à agência Lusa a Comissão Sindical dos Trabalhadores, que se encontram a fazer uma greve de 32 horas.
Os trabalhadores da empresa de resíduos Valorsul, que serve 19 municípios da grande Lisboa e da zona Oeste, iniciaram às 00:00 de terça-feira uma greve de 32 horas para reivindicarem aumento dos salários.
A paralisação, que termina na quarta-feira às 08:00, afeta a recolha do lixo nos municípios de Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lisboa, Loures, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Odivelas, Peniche, Sobral de Monte Agraço, Rio Maior, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.
Em declarações à agência Lusa, pelas 23:40, Mário Matos, da Comissão Sindical dos Trabalhadores da Valorsul, referiu que até às 16:00 [só quarta-feira será contabilizada a adesão aos restantes turnos] as unidades operacionais da empresa, à exceção do centro de triagem do Cadaval tinha entrado em funcionamento.
"Tivemos informação que a adesão foi baixa junto do pessoal administrativo e da nossa unidade do Cadaval. Ainda não conseguimos saber os motivos. Talvez por terem trabalhadores precários. No entanto, só amanhã (quarta-feira) poderemos ter os dados finais e falar com mais certezas", ressalvou.
Numa nota enviada no final da manhã de terça-feira à Lusa, fonte da administração da Valorsul, referiu que a adesão registada até às 10:00 tinha sido de 19%, ressalvado que, como funciona em regime de turnos, não está completo o ciclo "que permita ter os valores finais".
Confrontado com estes números apontado pela administração o representante dos trabalhadores referiu que o "objetivo não é entrar numa guerra de números", mas afirmou que "esse número está muito longe de representar a dimensão da paralisação".
A Lusa tentou obter um balanço mais atualizado por parte da administração da Valorsul, mas tal não foi possível.