Motoristas pedem perdão aos portugueses - TVI

Motoristas pedem perdão aos portugueses

  • ALM
  • 9 jul 2019, 09:55

No último sábado, aprovaram em congresso um pré-aviso de greve a partir de 12 de agosto, por tempo indeterminado, até entrar em vigor o novo contrato coletivo de trabalho, que prevê um aumento do salário base de 100 euros nos próximos três anos

O Sindicato Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM) e Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) pedem desculpa aos portugueses pelos transtornos causados pelas greves.

Em carta aberta às redações os motoristas apelaram ao “perdão aos portugueses por eventuais transtornos no seu quotidiano”, mas disseram não ter dúvidas que os portugueses compreenderão a luta.

Asseguraram que não desejam a greve “por variadíssimas razões, a principal é a perfeita consciência do impacto e do transtorno que vai causar aos portugueses e à economia do país”, mas argumentaram que andam há “22 anos a servir a economia e o país com elevado sentido de responsabilidade e verdadeiro espírito de missão, sabemos que os portugueses nos vão perdoar por ao fim de 22 anos pensarmos um pouquinho em nós e nas nossas famílias, afinal de contas também somos homens e mulheres, pais, mães, filhos, etc..., somos portugueses a passar pelo mesmo que passam muitos de vós.”

Na mesma carta dedo apontado aos governantes: “Os motoristas estão cansados destes joguinhos de diplomacia cujo o único objetivo é, simular abertura e interesse em melhorar o sector para que no fim tudo fique na mesma (…) muitos dos atuais gestores chegaram ao sector no tempo do quero, posso e mando, nunca conheceram o diálogo, apenas o "eu imponho tu obedeces"!”

E um apelo para que se esclareça “a opinião pública e as demais entidades que possam ter interesse”, já que, segundo a mesma carta, há “a tentativa de manipulação da opinião pública com o intuito de fazer passar uma imagem que não corresponde à verdade na forma e no objetivo destes 2 sindicatos.”

No último sábado, os motoristas aprovaram em congresso um pré-aviso de greve a partir de 12 de agosto, por tempo indeterminado, até entrar em vigor o novo contrato coletivo de trabalho, que prevê um aumento do salário base de 100 euros nos próximos três anos. 

Os profissionais exigem ainda a melhoria das condições de trabalho e pagamento das horas extraordinárias a partir das oito horas de trabalho, entre outras medidas. 

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