“Existe dinheiro para avançar”, assegurou Humberto Pedrosa, que lidera o grupo Gateway, vencedor do processo de privatização da companhia aérea portuguesa, conjuntamente com o empresário americano-brasileiro David Neeleman.
Pedrosa, que falava aos jornalistas à entrada para a sede da Parpública, em Lisboa, antes da assinatura do contrato de venda da TAP, garantiu também ter vontade de reerguer a companhia.
“[Tenho] muita vontade, coragem e muita força para fazer da TAP uma grande companhia”, declarou Humberto Pedrosa.
Também à entrada para a sessão de assinatura do contrato, que irá decorrer à porta fechada, o presidente do Conselho da Administração da TAP, Fernando Pinto, considerou “extremamente importante a capitalização da empresa”.
Fernando Pinto admitiu que os 150 milhões de euros que o consórcio vencedor avançará de imediato são suficientes para colmatar necessidades da empresa.
O administrador da TAP sublinhou também que é “extremamente importante” que o processo continue da forma que está prevista.
A transação de 61% da TAP para a Gateway deverá ser feita ainda hoje, mas o consórcio ainda tem que provar ao regulador que o empresário Humberto Pedrosa lidera o consórcio e obter luz verde do Tribunal de Contas.
A 13 de outubro, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) deu parecer positivo à venda da TAP ao consórcio Gateway, mas pediu esclarecimentos sobre a estrutura acionista do consórcio comprador, para verificar se ela é controlada pelo português Humberto Pedrosa, como as regras europeias impõem.
No processo de alteração aos estatutos do consórcio para responder aos apelos do regulador, o presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, foi nomeado a 06 de novembro para a direção do consórcio, cargo a que renunciou três dias depois.
O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros a minuta final do processo de venda de 61% da TAP ao consórcio Gateway, alegando que a celebração desse contrato é uma necessidade urgente e inadiável, enquadrando-se portanto nas competências de um executivo em gestão.