Portugal «é atrativo» para investir em energia - TVI

Portugal «é atrativo» para investir em energia

País tem importantes ativos neste domínio sobretudo na produção renovável, defende o comissário europeu da Energia

O comissário europeu da Energia, Günther Oettinger, defendeu esta terça-feira que Portugal é «atrativo para investir no setor energético», realçando que o país tem importantes ativos neste domínio sobretudo na produção renovável.

«Portugal é atrativo não apenas para os turistas, mas também para os investidores em energia», afirmou o comissário europeu, no início da sua intervenção no debate 'Infraestruturas energéticas', a decorrer na Fundação de Serralves, no Porto.

Günther Oettinger disse que Portugal tem ativos no setor energético que não podem ser ignorados, especialmente no atual momento que o país atravessa, referindo-se à crise financeira que conduziu ao programa de assistência financeira.

«Portugal já é líder na produção de energia renovável. Não há muitos países em que cerca de 50% da energia - mais precisamente 53% - provém de fontes renováveis», declarou o responsável europeu.

Mais de dois terços do consumo de eletricidade foram abastecidos por fontes de energia renovável nos primeiros seis meses do ano, devido à conjugação de condições meteorológicas que permitiu o aumento da produção hídrica e eólica.

De acordo com os dados disponibilizados na página da REN - Redes Energéticas Nacionais, 68% do consumo nacional de eletricidade foi abastecido por fontes renováveis no primeiro semestre deste ano face aos 46% no período homólogo do ano passado.

Bruxelas considera prioritário fechar até 2014 o mercado nacional de energia, defendeu Oettinger, considerando que para atingir essa meta é preciso acelerar a implementação de legislação europeia no sentido de acabar com as tarifas reguladas e concretizar a liberalização do mercado energético.

Admitindo que a maioria dos investimentos no setor energético são elevados e têm retorno a longo prazo, o responsável europeu defendeu que importa que os novos projetos possam resultar de investimento partilhado entre estados-membros, uma das preocupações da nova regulação sobre as redes energéticas transeuropeias, aprovada no início do ano.
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