É a maior companhia aérea privada da China, chama-se Hainan Airlines e pode vir a entrar no capital da TAP. Uma ligação indireta entre o capital chinês e a TAP, que já estava pensada desde junho do ano passado.
A 24 de novembro a Hainan Airlines anunciou a compra de 24% da Azul, de David Neeleman. Menos de três meses depois, e na véspera da assinatura do acordo entre o consórcio Gateway e o governo, foi dado o primeiro passo.
Um passo que passou pela aprovação de um empréstimo de 133 milhões de euros à Azul. O financiamento é temporário, já que basta que a Autoridade da Concorrência do Brasil autorize o negócio para que o dinheiro seja convertido em ações da Azul.
Ao que a TVI apurou, foi Neeleman que pediu para que a cláusula de possíveis mudanças no capital do consórcio Gateway não fosse tornada publica.
E quem são os chineses que podem vir ser acionistas da TAP?
Além de ser acionista da Azul de David Neeleman desde novembro do ano passado, a companhia aérea tem também praticamente metade do capital da segunda maior transportadora aérea de França, a Aigle Azur.
A Hainan Airlines nasceu em 1993 como uma pequena transportadora aérea local, mas atualmente assegura mais de 600 rotas domésticas e internacionais.
Faz parte de um dos maiores conglomerados chineses, que tem 11 empresas e mais de 110.000 funcionários.
O grupo também opera no sector financeiro e no turismo. Mas aposta sobretudo no setor da aviação e logística. Gere 13 aeroportos, e em 2015 comprou a Swissport, a maior empresa de logística de carga aérea do mundo.