Mudança de hora afeta sete em cada 10 trabalhadores - TVI

Mudança de hora afeta sete em cada 10 trabalhadores

A hora muda

Dois terços dos inquiridos em estudo da Albenture confessa sentir algum tipo de transtorno. O cansaço é o sintoma que mais se manifesta

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No próximo dia 26 de outubro, Portugal vai entrar na hora de Inverno com os ponteiros a serem atrasados 60 minutos quando o relógio marcar as 02.00. A mudança é vista pela maioria dos portugueses como negativa. De acordo com um estudo realizado pela Albenture, multinacional especializada na conciliação da vida pessoal e da vida laboral, junto dos utilizadores em Portugal, mais de dois terços dos inquiridos confessa sentir algum tipo de transtorno face à mudança de hora e o cansaço é o sintoma que mais se manifesta junto das pessoas consultadas.

Dos inquiridos, 72% refere que a mudança de hora causa algum tipo de transtorno. Destes, 53% diz que os sintomas se manifestam sobretudo à hora das refeições e 43% sofrem mais na hora de dormir, mas 4% sente que a mudança afeta sobretudo a jornada de trabalho. O sintoma mais habitual no período pós-mudança de hora é o cansaço (46%), seguido da tristeza (22%), falta de concentração (18%) e ansiedade (14%).

De um modo geral, os portugueses precisam de tempo para adaptar o ritmo à mudança de hora. Só 11% garante não precisar de mais de 24 horas, enquanto 36% afirma necessitar entre dois a três dias de habituação ao novo horário. Até sete dias é o tempo necessário para 28% dos inquiridos e outros 25% necessitam de mais de uma semana até recuperar por completo o ritmo e as rotinas da hora antiga.

Para os especialistas que acompanharam o inquérito, os transtornos que se sentem com a mudança de hora tendem a prolongar-se por mais de 10 ou 15 dias. Um dos problemas da entrada na hora de Inverno é a «Depressão Sazonal», também conhecida por depressão de Inverno, um fenómeno que ajuda a explicar a «tristeza» mencionada pelos inquiridos.

«Não é surpreendente que os nossos utilizadores tenham mencionado o cansaço como o sintoma mais comum, já que há um ajustamento horário em todas as tarefas do dia, o que naturalmente acarreta os tais transtornos para o corpo», explica Filomena Chainho, psicóloga da Albenture. Trata-se de uma desordem afetiva marcada inclusive por ligeiros sintomas de depressão que podem afetar as relações pessoais e laborais.
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