Os funcionários tinham sido convocados para estarem hoje de manhã no hotel e ouvirem a posição da administração em reação à “tomada de posse da unidade hoteleira por parte do Novo Banco, que na quarta-feira entrou no hotel com uma empresa de segurança, mudou as fechaduras, impediu a entrada dos funcionários e deu ordem de saída aos clientes”, segundo o administrador da unidade.
O administrador Manuel Simões explicou que é “gerente da Balaia Atlântico, que fornece pessoal de trabalho em hotelaria à firma Algartemático, que neste momento estava a operar dentro do hotel”.
Na quarta-feira, a Algartemático “foi proibida de operar”, toda a gente que trabalhava no hotel só pôde retirar os pertences dos cacifos.
“Falei com o nosso pessoal, expliquei a situação, mas é triste vermos que metemos na rua 40 pessoas, chefes de família, que neste momento ficam no desemprego e porquê? Pelo Novo Banco, porque por nós não ficavam”, afirmou.
A mesma fonte frisou que o hotel tinha “mais de 100 clientes, que foram obrigados a sair” é só os “deixaram dormir na noite passada por esmola”, tendo hoje que deixar as instalações até ao final da manhã.
“Dentro do hotel existe todo o equipamento que não é do Novo Banco, existe comida, que havia para dar às mais de 100 pessoas que estavam aqui, e hoje, durante toda a manhã, fizemos um esforço enorme para mudar os clientes para os nossos dois hotéis geridos pela empresa em Albufeira”.
Manuel Simões lamentou estar a “suportar encargos que o Novo Banco fez” e considerou-se “roubado” pela entidade bancária, a quem irá reclamar judicialmente, assegurou, os prejuízos causados por esta intervenção.