SwissLeaks: agora a polémica é sobre a data do pedido da lista - TVI

SwissLeaks: agora a polémica é sobre a data do pedido da lista

Ex-Diretor Geral dos Impostos desmente declarações do antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais

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O escândalo SwissLeaks rebentou em França há sete anos. E Teixeira dos Santos garante que em 2010, quando era ministro das Finanças, mandou pedir a lista dos contribuintes portugueses com contas no banco britânico HSBC, na filial da Suíça.
 
O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de então, confirmou a diligência, na sexta-feira, quando foi ouvido no Parlamento, na Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública sobre o caso de fraude fiscal e branqueamento de capitais Swissleaks..
 

«Dei instruções à Direção-Geral de Impostos [na altura liderada por Azevedo Pereira] para obter a lista. Em 2010 nós cessámos as nossas funções e ainda não tínhamos obtido acesso a essa listagem. Passado quatro anos essa listagem continua a não ser do conhecimento das autoridades portuguesas», afirmou Sérgio Vasques.

 
No entanto, Azevedo Pereira desmente as afirmações categoricamente.
 

«As afirmações efetuadas pelo Dr. Sérgio Vasques segundo as quais me teria dado repetidas indicações para contactar as autoridades fiscais francesas no sentido de obter a chamada lista ‘Lagarde’ são pura e simplesmente falsas», esclareceu.

 
Num artigo publicado na imprensa económica, o ex-Diretor Geral dos Impostos refere que os encontros com o secretário de Estado foram muito raros.
 

«Uma vez que não acredito em telepatia, não percebo como é que as supostas indicações me poderiam ter sido pessoalmente dadas e repetidas, em reuniões que não tiveram lugar».

 
Azevedo Pereira diz acrescenta ainda que nem faria sentido ser ele a dirigir-se a Christine Lagarde, ministra das Finanças francesa e que tinha, na altura, a lista dos nomes dos clientes do HSBC.
 
Note-se que Teixeira dos Santos e também Maria Luís Albuquerque vão prestar esclarecimentos na Assembleia da República, mas as datas ainda não foram anunciadas.
 
Na mira do Fisco, há cerca de 700 contribuintes com mais de mil contas em bancos na Suíça.
 
 
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