Número de desempregados inscritos cai 1,8 em fevereiro - TVI

Número de desempregados inscritos cai 1,8 em fevereiro

Desemprego

Queda foi de 13,8% em termos homólogos

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego do continente e das regiões autónomas atingiu as 604.314 pessoas em fevereiro, uma queda de 13,8% em termos homólogos, segundo dados oficiais divulgados esta sexta-feira.

De acordo com a informação mensal do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em fevereiro e em termos homólogos, o número de inscritos como desempregados nos centros de emprego caiu 13,8%, ou seja, menos 96.640 pessoas.

Face a janeiro, o número de desempregados recuou 1,8%, o que representa menos 11.340 indivíduos inscritos nos centros de emprego do IEFP.

Os 604.314 indivíduos inscritos nos centros de emprego representavam 71,5% de um total de 845.126 pedidos de emprego em fevereiro.

«A evolução, comparativamente a fevereiro de 2014, mostra a descida do desemprego nos homens (-14,8%) e nas mulheres (-12,85)», refere o IEFP na informação disponibilizada na sua página de Internet.

Relativamente a janeiro, o desemprego nas mulheres caiu 2% e nos homens recuou 1,7%.

Por grupo etário, no total de desempregados registou-se uma descida anual de 17,0% nos jovens e de 13,1% nos adultos.

Quanto ao tempo de inscrição, «os desempregados inscritos há menos de um ano diminuíram 17,3% em relação a fevereiro de 2014, ao mesmo tempo que os desempregados de longa duração [tempo de inscrição igual ou superior a um ano] diminuíam 9,9%», refere o IEFP.

Em termos regionais, assistiu-se a uma redução em todas as regiões em termos anuais.

Comparativamente a janeiro, «todas as regiões apresentaram menos desempregados inscritos, com exceção do Alentejo», que cresceu 0,6%.

Número de casais com os dois cônjuges desempregados cai

O número de casais inscritos nos centros de emprego de Portugal continental em que ambos os cônjuges estavam em situação de desemprego atingiu 12.199 em fevereiro, menos 7,8% em termos homólogos.

De acordo com os dados do IEFP, «do total de desempregados casados ou em união de facto, 24.398 (9,1%) têm também registo de que o seu cônjuge está igualmente inscrito como desempregado no centro de emprego».

Ou seja, o número de casais em que ambos os cônjuges estão registados como desempregados foi, no final do mês passado, de 12.199, menos 7,8% do que em fevereiro de 2014, menos 1.032 casais. Face a janeiro, a queda foi de 1,6%, uma redução de 202 casais.

No final de fevereiro, estavam registados nos centros de emprego do continente 569.857 desempregados, quase metade dos quais (47,3%) eram casados ou viviam em situação de união de facto, totalizando 269.417.

«Relativamente aos desempregados casados ou em situação de união de facto, a diminuição face a fevereiro de 2014 atingiu 15,0% (47.690 desempregados), enquanto a variação face a janeiro de 2015 situou-se em -2,2% (-6.088)», adianta o IEFP.

Redução reflete queda «consolidada» do desemprego

O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social congratulou-se com a diminuição do número de inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) em fevereiro, considerando que evidenciam uma redução «lenta, mas consolidada» do desemprego em Portugal.

«É uma boa notícia para os 11.340 portugueses que deixaram de estar numa situação de desemprego, e deve ser um sinal de confiança e de esperança para muitos portugueses que ainda estão sem emprego e querem ingressar pela primeira vez no mercado de trabalho ou regressar ao mercado de trabalho», disse o ministro Mota Soares à agência Lusa.

O ministro da tutela reagia assim às estatísticas hoje publicadas pelo IEFP e que dão conta de uma redução do número de desempregados inscritos nos centros de emprego, em fevereiro último.

Mota Soares referiu igualmente que esta quebra «demonstra que hoje o país está a ter um crescimento económico que tem a capacidade de gerar postos de trabalho, fruto da capacidade de resiliência dos trabalhadores, empresários e empreendedores».

Por último, e perante os números hoje conhecidos, «estamos a assistir a uma tendência lenta, mas consolidada, de diminuição do desemprego até em meses que estão fora da época de sazonalidade, como os meses de verão», acentuou ainda o ministro.
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