As dificuldades financeiras do gigante imobiliário Evergrande estão longe de ter fim à vista. A empresa de construção chinesa fechou várias unidades distritais da Fangchebao (FCB), uma empresa do grupo destinada à venda online de imóveis e automóveis, devido à falta de capital para fazer frente ao pagamento da dívida.
A informação foi avançada pelo portal financeiro chinês Cailianshe, que revela que a FCB se encontrava pronta para entrar em bolsa no final deste ano, no entanto, os mais recentes desenvolvimentos podem vir a adiar essa possibilidade.
Contactada pela Reuters, a Evergrande recusou-se a comentar o caso.
A Evergrande, que acumula um passivo equivalente a 260 mil milhões de euros, esteve, por várias vezes, perto de entrar em incumprimento nas últimas semanas. A dimensão da empresa e o peso do setor imobiliário no PIB da China levou muitos analistas a temer que o colapso da empresa pudesse levar a “um contágio” da economia mundial.
Outras empresas do setor, como a Sinic ou a Modern Land, não cumpriram oficialmente as obrigações financeiras.
Na semana passada, a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) alertou para um aumento do “risco de contágio” no setor imobiliário, devido ao impacto destas notícias junto dos potenciais compradores de casas, que parecem optar pela prudência face à atual situação.
Já no início deste mês, um relatório de outra agência de rating, a Moody's, apontou que as vendas de imóveis na China vão permanecer fracas, nos próximos seis a 12 meses, devido às restrições no acesso a financiamento para as construtoras mais endividadas.