Angola compra menos 33,6% a Portugal, o segundo maior fornecedor - TVI

Angola compra menos 33,6% a Portugal, o segundo maior fornecedor

Luanda (Reuters)

Dados são relativos ao último trimestre de 2015 e surgem numa altura em que se temem retaliações a propósito do caso BPI. Já as exportações de petróleo para a China, o principal parceiro comercial, afundaram 22%

Portugal ainda é o segundo país a quem Angola compra mais, mas as importações derraparam 30,% no último trimestre de 2015 em relação ao que aconteceu no mesmo período de 2014. Os dados constam do relatório sobre o comércio externo elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística angolano surgem numa altura em que se temem retaliações do Estado angolano a propósito do caso BPI. 

Os bens comprados a Portugal representaram 16,3% do total de importações angolanas, o que equivale a 79.281 milhões de kwanzas ou 420 milhões de euros.

A China ainda é o principal fornecedor (16,8%), tendo atingido os 81.963 milhões de kwanzas (438 milhões de euros) neste período, ainda assim uma quebra de 30,8% face a 2014.

Nos últimos três meses do ano, no total, Angola comprou menos 34,5% ao exterior, o equivalente a 487.724 milhões de kwanzas (2,6 mil milhões de euros), quando no mesmo período de 2014, já com os efeitos da crise da cotação do petróleo, esse registo foi de 744.369 milhões de kwanzas (3,9 mil milhões de euros).

Exportações derrapam

Com o país a atravessar uma crise por causa do petróle - Angola até já pediu ajuda ao FMI - as exportações de de crude para a China afundaram 22% no último trimestre de 2015, em termos homólogos.

A China continua a liderar entre os países de destino das exportações angolanas, essencialmente petróleo, tendo comprado 410.694 milhões de kwanzas (2,2 mil milhões de euros) a Angola entre outubro e dezembro de 2015, cita a Lusa.

Os chineses têm uma quota de 45% de todas as exportações angolanas, que no último trimestre de 2015 ascenderam, no total, a 912.699 milhões de kwanzas (4,8 mil milhões de euros), contra os 1,037 biliões de kwanzas (5,5 mil milhões de euros) do terceiro trimestre ou os 1,162 biliões de kwanzas (6,2 mil milhões de euros) dos últimos três meses de 2014.

 

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE