Défice baixou para 2,5% no final de setembro - TVI

Défice baixou para 2,5% no final de setembro

António Costa e Mário Centeno

Essa é a meta exigida por Bruxelas para o ano todo. A do Governo é chegar aos 2,4% em dezembro. Primeiro-ministro ainda há dois dias se mostrou confiante de que vai conseguir melhor do que a Comissão Europeia exige

O défice orçamental baixou para 2,5% nos primeiros nove meses do ano, ou seja, até final de setembro, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

Essa é a meta exigida por Bruxelas para o ano todo. A do Governo é chegar aos 2,4% em dezembro. O primeiro-ministro, António Costa, ainda há dois dias garantiu que vai conseguir melhor, e "com conforto", do que a Comissão Europeia exige. Quis dizê-lo com "tranquilidade e segurança".

Os números do INE vêm contrariar a estimativa da UTAO - Unidade Técnica de Apoio Orçamental que apontava para um défice de 2,8% no terceiro trimestre.

O que diz o INE em percentagens e valores absolutos? "Para o conjunto dos três primeiros trimestres de 2016, o saldo global das Administrações Públicas fixou-se em -3 405,6 milhões de euros, representando -2,5% do PIB (-3,4% do PIB em igual período do ano passado)".

Para a melhoria verificada foi determinante o aumento da receita total em 0,8% e a redução da despesa em -1,1%. No primeiro caso, muito graças aos impostos sobre a produção e importação (5,6%) e também graças às contribuições sociais (3,6%). Do lado dos gastos, a despesa de capital baixou consideravelmente (-32,7%).

O Instituto faz ainda as contas apenas ao terceiro trimestre: entre julho e setembro o défice foi de 1,7%. E também alarga o espectro: entre outubro de 2015 e setembro de 2016, o défice ficou em 3,6%, contando ainda com o impacto do Banif, já que a resolução aconteceu em dezembro do ano passado.

Realçam ainda os dados agora conhecidos que a capacidade de financiamento da economia situou-se em 0,9% do Produto Interno Bruto entre outubro de 2015 e o final de setembro de 2016. Ou seja, não houve défice externo, mas sim excedente.

A taxa de poupança das famílias situou-se em 4%, mais 0,1 pontos percentuais do que no trimestre anterior. A capacidade de financiamento das famílias passou de 0,6% para 0,8% do PIB entre julho e setembro. Os saldos das sociedades não financeiras e das sociedades financeiras estabilizaram em 0,4% e em 3,3% do PIB, respetivamente.

O ministro das Finanças vai fazer uma declaração sobre estes dados ao final da manhã.

 

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