Albergaria-a-Velha: insolvência de clínica pedida por funcionárias - TVI

Albergaria-a-Velha: insolvência de clínica pedida por funcionárias

Euro (Reuters)

Ação foi movida por duas trabalhadoras que invocam salários em atraso

Um pedido de insolvência da Casa de Saúde de Santo António, em Albergaria-a-Velha, foi apresentado no Tribunal de Aveiro por duas funcionárias que, entretanto se despediram, confirmou hoje à Lusa fonte ligada ao processo.

A ação foi movida por duas trabalhadoras que invocam salários em atraso, falta de pagamento de subsídio de férias, trabalho suplementar e formação profissional, bem como o exercício de funções para além da categoria profissional.

A ação foi posta por duas trabalhadoras, que resolveram o contrato de trabalho alegando justa causa, mas o seu advogado, Eduardo Marques, admite que outros trabalhadores tenham já feito o mesmo, já que admite que a maioria dos 40 colaboradores da Casa de Saúde esteja com retribuições em atraso.

Segundo disse à lusa Ana Camões, uma das autoras do processo, os salários de junho só em setembro foram pagos e o trabalho suplementar nunca lhes foi pago.

No que respeita ao desempenho de tarefas que não correspondem à categoria profissional, Ana Camões descreve que, como fisioterapeuta, era colocada no refeitório à hora das refeições alegadamente para estimular os idosos a comer, mas que, na prática, tinha de levantar os pratos e fazer o serviço auxiliar.

O advogado das duas trabalhadoras, em declarações à Lusa, salientou que as suas clientes estão recetivas a chegar a acordo com a Casa de Saúde.

Contactado pela Lusa, José Chambino, da administração da Casa de Saúde de Santo António desmente e garante que “os pagamentos aos trabalhadores estão todos regularizados”.

José Chambino atribui a ação interposta pelas duas funcionárias a uma reação a um processo disciplinar que a empresa lhes abriu.

“Essas duas funcionárias tiveram um processo interno por más práticas e a nota de culpa já foi apresentada, pelo que estamos a aguardar”, disse.

Sem especificar a situação, porque o assunto está entregue aos advogados da Casa de Saúde, Chambino considera que “são situações normais na gestão diária de uma empresa, com vista à melhoria dos procedimentos e dos serviços que presta”.
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