O ministro das Finanças finlandês, Alexander Stubb, confirmou a informação no Twitter.
End of #Eurogroup session. To be continued tomorrow.
— Alexander Stubb (@alexstubb) July 11, 2015
À saída, o presidente do Eurogrupo admitiu que chegar a um acordo "ainda é muito difícil, mas que o trabalho continua". Foi, aliás, Dijsselbloem quem confirmou que a reunião de domingo começa às 10:00, hora de Lisboa, referindo que a credibilidade da Grécia e as questões financeiras estiveram em cima da mesa da reunião.
“Suspendemos a nossa reunião e continuaremos amanhã (domingo) às 11:00. Tivemos uma discussão aprofundada sobre as propostas gregas, a questão da credibilidade e confiança, e discutimos também, claro, as questões financeiras envolvidas. Mas não concluímos as nossas discussões, pelo que continuaremos às 11:00. Ainda é muito difícil, mas há trabalho ainda em progresso, é tudo o que posso dizer”, declarou à saída, como escreve a Lusa.
Ainda segundo a agência, Portugal esteve representado por Maria Luís Albuquerque, que não prestou quaisquer declarações aos jornalistas.
Apesar de ter sido considerado um encontro onde tudo se decidia, o Eurogrupo terminou quase como começou. Foram cerca de nove horas de reunião, mas mantêm-se o sentimento dos ministros das Finanças que ficou bem expresso à entrada do encontro: há uma “crise de confiança” da Europa em relação à Grécia. Vai o governo grego cumprir as promessas que fez? Que garantias oferece para que a Europa acredite? Afastar Varoufakis não chegou. Ceder mais…também não.
O que se segue? É mais o que não se sabe, do que o que se sabe, a esta altura. Um exemplo: um documento que “surgiu” na mesa do Eurogrupo, a defender uma saída temporária da Grécia por cinco anos, e que, segundo alguns, “inquinou” a reunião.
O pedido do terceiro resgate está feito, mas é possível que a Grécia tenha de começar a aplicar as medidas a que se propôs antes dos credores decidirem se começam a negociar o terceiro pacote de ajuda. E pode ser uma realidade já na semana que vem , com o parlamento grego a ter de passar leis para implementar as reformas imediatamente.
Mas não há garantias de que seja aceite.
Primeiro, porque tem de passar no crivo parlamentar de seis estados-membros do euro: Alemanha, Holanda, Finlândia, Áustria, Eslováquia e Estónia , sendo que a Alemanha, por exemplo, tem sido a profeta da desgraça à chegada de todos os Eurogrupo e um dos países mais renitentes em avançar para o acordo.
A Finlândia endureceu a sua posição, com receio do tumulto político que pode trazer, devido ao parceiro de coligação, os eurocéticos True Finns, e não aceita um terceiro resgate.
Mas isto não significa o fim da Grécia no euro , já que pode ser acionada uma cláusula de que permite que o resgate seja aprovado por maioria qualificada (85%) e não por consenso.
Este domingo os chefes de governo da Europa reúnem-se para discutir cenários. Entre eles, a saída da Grécia do euro.
Será este domingo o dia de todas as decisões?