Grécia: dez imagens que a Europa não vai esquecer - TVI

Grécia: dez imagens que a Europa não vai esquecer

Atenas e credores viveram, ao longo dos últimos meses, momentos tensos que ficarão para a história europeia. Verdadeiras maratonas negociais foram palco de muito trabalho para os envolvidos e também para os jornalistas. Veja as imagens que marcaram o primeiro semestre de 2015 e que nunca serão esquecidas

Alexis Tsipras e Yanis Varoufakis começaram a ser os políticos mais mediáticos da Grécia (e até da Europa), depois de a 25 de janeiro o partido anti-austeridade Syriza ter ganho as eleições. Com várias promessas e ideias no ‘bolso’, o ministro das Finanças Varoufakis não perde tempo e logo no início de fevereiro começa um tour pela Europa para explicar o plano económico de Atenas. A viagem começa com o estilo que sempre o caracterizou: (muito) descontraído, ao contrário dos outros líderes europeus.

                             George Osborne e Yanis Varoufakis, em Londres (Reuters)


Numa situação complicada e a quererem demonstrar solidariedade, muitos países começaram a fazer vigílias e a mostrar o seu apoio ao povo helénico. Lisboa também se juntou.

                                         Vigília em Lisboa (Reuters)


A preocupação dos líderes europeus é grande com a eleição do Syriza e não há tempo a perder. Os responsáveis pelas negociações começam a aterra em Atenas e a sombra do Eurogrupo nunca mais 'largou' o governo helénico

              Alexis Tsipras cumprimenta presidente do Eurogrupo (Reuters)


Começam a 'azedar' as relações entre o governo de Atenas e os credores. Há prazos a cumprir, há reembolsos a fazer, mas a liquidez grega começa a escassear. Lagarde e Varoufakis cumprimentam-se após uma reunião de líderes sem acordo. Depois de pedido o reembolso por parte do FMI, o sorriso entre os dois é forçado e no momento do cumprimento Varoufakis diz a Lagarde "Não me chame Yanis". Ela responde: "Sim, claro".



                    Yanis Varoufakis e Christine Lagarde (Reuters)

A soberania alemã não deixa margem para dúvidas. O país quer ajudar a Grécia, mas não é de cedências fáceis e sempre manteve uma postura assertiva durante todos os momentos de negociações.


                               Alexis Tsipras e Angela Merkel (Reuters)

O primeiro-ministro Alexis Tsipras está resistente em ceder às propostas dos credores, mas também não quer desiludir o povo grego. Por isso convoca um referendo para serem os gregos a ditar o 'Sim' ou 'Não' a mais austeridade no país. A campanha pelo 'Não' foi intensa e acabou por ganhar a resposta a que Tsipras apelava


                                               Alexis Tsipras (Reuters)

Após o referendo seguiu-se mais uma reunião do Eurogrupo e uma cimeira de líderes para aprovarem o acordo entre Atenas e os credores. O 'OK' foi dado após 17 horas de negociações. É notório o cansaço dos jornalistas que cobriram o evento


                Jornalistas exaustos durante cimeira de líderes (Reuters)

Na quarta-feira o parlamento grego foi chamado a votar o pacote de medidas de austeridade em troca do terceiro resgate internacional ao país, que pode chegar aos 86 mil milhões de euros. Yanis Varoufakis, agora ex-ministro das Finanças, votou contra o acordo


                                        Yanis Varoufakis (Reuters)

O controlo de capitais na Grécia continua. Os bancos estão encerrados desde o dia 29 de junho. Muitas pessoas fazem filas nos multibancos para conseguirem levantar os 60 euros diários que são permitidos. A vida em Atenas está cada vez mais difícil também para os pensionistas. Os comerciantes começam a ficar desesperados por causa dos produtos que não conseguem escoar


                                    Pensionistas desesperados em Atenas (Reuters)
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