​Grécia: lista de reformas está pronta - TVI

​Grécia: lista de reformas está pronta

Varoufakis e Dijsselbloem

Credores internacionais vão reunir-se esta sexta-feira, em Bruxelas, para começar as negociações

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​Já era aguardada há algum tempo: está pronta a lista de reformas que a Grécia se propõe fazer, segundo um porta-voz do governo de Atenas, citado pela Bloomberg.

O governo helénico tinha negociado uma extensão do programa de ajustamento por mais quatro meses, mas esta estava dependente desta lista de reformas, que ainda tem de ser aprovada pelos credores internacionais, que continuam a não desbloquear as tranches de ajuda até este passo ficar concluído.

Segundo a Reuters, o grupo de credores, antigamente chamado «troika», agora informalmente denominado «Grupo de Bruxelas» vai reunir-se esta sexta-feira, para encetar as negociações.

É uma corrida contra o tempo, até porque a 8 de abril a Grécia vai ter de fazer um grande reembolso ao FMI.

O plano figura a lei para um breve período de amnistia fiscal, aprovada há uma semana e que expira hoje, medida com a qual o Governo espera um encaixe de 250 milhões de euros. Nos primeiros dois dias, o Governo conseguiu recuperar 120 milhões de euros de dívidas em atraso ao fisco e à segurança social.

Entre as iniciativas, figuram também a intensificação do controlo fiscal e a deteção de empresas que não pagam IVA, como a anunciada proposta de recrutar «fiscais não profissionais», como estudantes, donas de casa ou turistas, para missões pontuais de recolha de provas que denunciem a fuga aos impostos.

Ainda no âmbito do combate à evasão fiscal, o Governo chegou na quinta-feira a acordo com a Suíça para reforçar os mecanismos de intercâmbio de informação, segundo fonte governamental grega.

​Já esta sexta-feira, em entrevista à Star TV, o porta-voz do governo grego para os assuntos económicos Euclid Tsakalotos  disse que  o governo de Atenas está preparado para uma rutura com os credores, se as atuais negociações não correrem bem.

Tsakalotos considerou que esse este cenário não estivesse em cima da mesa os credores iriam apenas forçar o país a impor mais medidas de austeridade. E argumenta que o governo de Atenas tem sido vago, intencionalmente, o que faz parte da tática de negociação.
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