Na missiva, a que o Financial Times teve acesso, Tsipras reafirma que o desejo da Grécia é permanecer na moeda única, o que não está em causa, e que a extensão se prende com o direito que o povo helénico tem em manifestar a sua opinião sobre o destino do país.
“Infelizmente, e sem fundamentos, o pedido [de extensão] não foi aceite. Esta decisão - combinada com a do BCE que se seguiu - levou a consequências sérias no financiamento da banca grega e na liquidez da economia. Gostaria de sublinhar que o referendo sobre as propostas é um direito democrático soberano do povo grego (...). O referendo diz respeito apenas às propostas das instituições e não levanta, direta ou indiretamente, a questão da manutenção na [Zona Euro], com a qual o governo grego está comprometida”.
O primeiro-ministro grego enviou a carta este domingo, depois de no dia anterior as entidades terem decidido não estender o resgate, nem aumentar a ajuda à banca grega, o que já causou o encerramento dos bancos até dia 7 de julho e um controlo de capitais, que limita os levantamentos nas caixas multibanco a 60 euros por dia.
Tsipras apela à reconsideração de cada governo individualmente, com o objetivo de conseguir um acordo que servirá a todos, e que marcará o regresso do crescimento da Grécia, “dentro da Zona Euro”.
“Neste contexto, quero pedir ao seu governo que reexamine a sua posição nesta questão e apoie a reconsideração do pedido da República Helénica junto dos ministros das Finanças da Zona Euro, com vontade de a garantir. Esta decisão vai contribuir para o objetivo comum de conseguir um acordo mutuamente benéfico, que assegure a sustentabilidade fiscal e da dívida, que marcará o regresso da Grécia ao crescimento, dentro da Zona Euro”.
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