Lucros da banca angolana caíram 76% em 2019 - TVI

Lucros da banca angolana caíram 76% em 2019

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  • Publicada por ALM
  • 23 jul 2020, 11:40
Angola

Estudo Banca em Análise, da Deloitte, hoje apresentado em Luanda, que abrangeu 26 instituições financeiras, refere que entre os cinco maiores bancos

Os resultados líquidos do setor bancário angolano registaram no ano passado um decréscimo de 76% em relação ao período homólogo, passando para 78.439 milhões de kwanzas (121 milhões euros), segundo um estudo da consultora Deloitte.

Por outro lado, os ativos da banca angolana aumentaram 11% no ano passado para 14,102 biliões de kwanzas (21,8 mil milhões de euros), contrastando com a queda de 10% na concessão de crédito em relação a 2018.

O estudo Banca em Análise, hoje apresentado em Luanda, que abrangeu 26 instituições financeiras, refere que entre os cinco maiores bancos a operar em Angola o Banco Angolano de Investimento (BAI) liderou com um ativo total de 2,641 biliões de kwanzas (4,087 mil milhões de euros), seguindo-se o Banco de Fomento Angola (BFA), Banco de Poupança e Crédito (BPC), BIC e Atlântico.

Os cinco maiores bancos representaram cerca de 72,4% do total do ativo da banca angolana e registaram um aumento de 23% face ao ano anterior.

Já o total de crédito líquido ascendeu a 2,648 biliões de kwanzas (4,098 mil milhões de euros), o que significa uma redução de 10% face a 2018.

BIC, BAI, Atlântico, BFA e Sol lideraram na concessão de crédito, indica o estudo da Deloitte.

O rácio de crédito vencido registou um aumento de 38,2%, em 2019 (33,1% em 2018) “muito impactado pelo BPC”, salienta o documento.

O banco público angolano apresentou prejuízos recorde no ano passado e tem em curso um plano de reestruturação, a aplicar no decurso dos próximos três anos, e prevê que serão necessários 880,1 mil milhões de kwanzas (1,3 mil milhões de euros) para capitalizar o banco em 2020.

Segundo o estudo da Deloitte, já na sua 14.ª edição, o valor total dos depósitos de clientes no setor bancário foi de 9,796 biliões de kwanzas (14,8 mil milhões de euros), o que representa um crescimento de 25% face a 2018, com o BAI a liderar o volume de depósitos captados, seguido pelo BFA, BPC, ATLANTICO e BIC.

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