“O jogo do resgate chegou ao fim e a Grécia fez um esforço honesto para negociar”.
“Não vamos pedir permissão a Schäuble ou a Dijessbloem para proteger a democracia na terra que a viu nascer”.
O governante defendeu que a Europa não deve temer referendos, até porque muitos países já os tiveram, incluindi para implementar tratados como o de Maastricht.
Tsipras acusou ainda os credores de levarem a cabo uma propaganda de medo: “Ontem chantagearam-nos com a falta de liquidez, hoje usam o medo da fuga de depósitos”.
O governante agradeceu ao presidente da Comissão Europeia pelo “esforço genuíno” de tentar chegar a acordo, ao memso tempo que culpou o FMI por interferir na política interna. “O FMI sabe que a nossa dívida não é sustentável”, sustentou.
“O nosso único medo é o próprio medo”.
“Não nos pediram para aceitar, pediram-nos para renunciarmos à nossa dignidade política; pediram-nos para atacar os pensionistas e os assalariados”.
No debate parlamentar, Antonis Samaras defendeu que a proposta de referendo põe a Grécia fora do euro. Dirigindo-se aos deputados, o ex-primeiro-ministro acusou Tsipras de ter falhado um acordo melhor para a Grécia, como havia prometido nas eleições.
“No referendo não é bem o acordo que vai ser decidido, é o destino do nosso país ao continuar no euro”.
Já Fofi Gennimata, líder do Pasok, apelou ao primeiro-ministro para deixar cair o referendo e convocar eleições. “O referendo não é um ato de bravura nem é um ato de resistência”, defendeu.
O Eurogrupo rejeitou o pedido grego para que fosse estendido por mais um mês o programa de resgate financeiro ao país. Recorde-se que termina na próxima terça-feira o prazo limite para Atenas pagar 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional.
No final da reunião, Varoufakis disse que "este é um dia triste para a Europa".