​Varoufakis em Bruxelas nem como «yes man», nem como «no man» - TVI

​Varoufakis em Bruxelas nem como «yes man», nem como «no man»

Wolfgang Schaeuble e Yanis Varoufakis (Lusa)

Ministro das Finanças grego considerou que o plano proposto pela Grécia poderá reconciliar duas contradições aparentes: «as regras europeias» e o «mandato» confiado pelos eleitores ao governo da esquerda radical Syriza.

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O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, disse esta segunda-feira estar «consciente do dever» do governo grego de encontrar «uma solução» com os parceiros europeus, mas respeitando a exigência dos gregos de «não recuar» nos compromissos eleitorais.

A dois dias da reunião extraordinária do Eurogrupo sobre a Grécia em Bruxelas, Varoufakis disse encarar este encontro «mantendo presente o pedido do povo grego em não recuar e ao mesmo tempo o nosso dever de encontrar uma solução».

O ministro das Finanças – que se dirigiu pela primeira vez ao parlamento no decurso do debate do programa de política geral do governo – assegurou que não iria a Bruxelas «nem como yes man nem como no man, apenas como um cidadão europeu», e notou que «o interesse de um europeu médio e de um grego médio» se confundem.

O ministro considerou que o plano proposto pela Grécia poderá reconciliar duas contradições aparentes: «as regras europeias» e o «mandato» confiado pelos eleitores ao governo da esquerda radical Syriza.

Para além de continuar a insistir num financiamento transitório, Varoufakis repetiu que a Grécia está preparada para cumprir «70% das reformas contidas no memorando existente», numa referência às medidas de reestruturação da economia grega supervisionadas desde 2010 pelos credores internacionais em troca de auxílio financeiro.

Ao referir-se ao balanço da política da Europa desde 2008 para enfrentar a crise das dívidas soberanas, o ministro das Finanças frisou que o Banco central europeu «falhou» na sua principal missão que era limitar a inflação.

«Se o remédio fosse amargo mas eficaz, teríamos aceitado bebê-lo», declarou o ministro, mas a poção era «tóxica. E continuam a pretendem que a bebamos».

«Era necessário que alguém disse finalmente não, e isso coube à pequena Grécia”», concluiu Varoufakis.
 
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