O que o governante grego quer, à semelhança do que Portugal fez, é pedir um alongamento no tempo do prazo das maturidades das obrigações detidas pelos investidores. Recorde-se que o Banco Central Europeu é o detentor de muitas dessas obrigações.
“Entre julho e agosto o Ministério das Finanças vai ter de pedir um empréstimo aos credores para pagar a dívida do programa [de compra de títulos de dívida pública do BCE, um programa chamado Securities Market Programme e que já foi extinto]”, sublinhou o responsável, acrescentando: “Este reembolsos devem ser adiados para um futuro distante, isso é claro”.
Durante a conferência, que está,a decorrer esta quinta-feira, Yannis Varoufakis garantiu também que nunca vai assinar um acordo em que a Grécia seja outra vez empurrada para uma espiral recessiva.
“Como ministro das Finanças recuso-me a assinar um pacote de medidas se se provar matematicamente que seja viável”, adiantou o responsável, citado pelo The Guardian.
Os analistas consideram que o futuro do governante no executivo helénico pode ter os dias contados: ou Varoufakis consegue o acordo que quer, ou sairá do governo de Tsipras.
Entretanto, o governante negou que tivesse dito que não pagava ao BCE. No Twiiter, Varoufakis acusa os jornalistas de propaganda.
I spoke of a possible ESM-mediated repayment of ECB's SMP GGBs and some journos report I announced....nonpayment. Astonishing propaganda!
— Yanis Varoufakis (@yanisvaroufakis) May 14, 2015
O governo grego deu instruções à sua equipa de negociação para acelerar a negociação com os credores internacionais, numa tentativa de chegar a acordo antes que a Grécia fique sem dinheiro para fazer face aos seus compromissos.
As instruções foram dadas depois de uma reunião do executivo esta quarta-feira à noite, um encontro ensombrado pela notícia de que o país voltou a entrar em recessão.