Desde janeiro de 2016 que o investimento ao abrigo dos vistos gold não era tão baixo.
Em maio, o investimento total captado foi de 46 milhões, menos 52% face ao homólogo, de acordo com os dados revelados hoje pelo CPCI – Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário.
Segundo os mesmos dados, em dois meses, o volume mensal de investimento captado reduziu-se em 146 milhões.
Perante a descida a CPCI questiona agora “qual a razão que leva a que o programa dos vistos gold em Portugal, conheça nos últimos dois meses quebras tão acentuadas”, não obstante, em termos acumulados e quando comparado com igual período do ano passado, os resultados ainda sejam positivos – 557 milhões, em 2017, contra 410 milhões, em 2016
A CPCI lança ainda ad hipóteses de se poder tratar de “atrasos burocráticos, cuja rápida resolução se impõe ou à perda efetiva de investidores para outros países”.
“Este programa tem de continuar a ser encarado como uma importante mais-valia para Portugal e é imprescindível dar a conhecer as alterações recentemente introduzidas pelo Governo que, ao criar uma “linha verde para o investimento” e ao tratar os pedidos como processos prioritários, pode reorientar os potenciais investidores para o nosso país”.
A Confederação recorda ainda que em 2016 Portugal perdeu, para Espanha, a liderança em matéria de captação de investimento estrangeiro, que, com um total de 1,1 mil milhões, supera em 227 milhões o valor global captado para o nosso país.
Desde o início do programa, o investimento total, captado ao abrigo do programa, atingiu os 2,81 mil milhões de euros.