Brasil: 53,5 mil milhões para estradas e caminhos de ferro - TVI

Brasil: 53,5 mil milhões para estradas e caminhos de ferro

Ainda falta investiento para portos, hidrovias e aeroportos

O governo brasileiro anunciou na quarta-feira um grande plano de concessões para a área dos transportes, que prevê investimentos de 133 mil milhões de reais (53,5 mil milhões de euros) em estradas e linhas ferroviárias.

O Plano Nacional de Logística: Estradas e Ferrovias prevê a ampliação das faixas de circulação em 7.500 quilómetros de estradas, por meio de concessões à iniciativa privada, a construção e modernização de dez mil quilómetros de novas ferrovias, com parcerias público-privadas, nas quais o governo arca com o que não for absorvido pelo mercado, escreve a Lusa.

O valor será investido ao longo de 30 anos, sendo 79,5 mil milhões de reais (32 mil milhões de euros) nos primeiros cinco anos, segundo o ministro dos Transportes, Paulo Passos.

As adjudicações estão previstas para serem feitas a partir de dezembro, favorecendo as empresas que oferecerem as melhores tarifas, e o prazo para entregar a obra será de cinco anos a partir da assinatura dos contratos.

A presidente Dilma Rousseff afirmou no seu discurso que o plano vai recuperar o atraso de dez anos do Brasil no que respeita ao setor logístico.

«Queremos eficiência logística para dar vantagens a quem produz, para que assegure mais e melhores empregos». E «o Brasil terá, finalmente, uma infraestrutura compatível com o seu tamanho», disse Rousseff.

No Brasil, o transporte rodoviário é o mais utilizado ao contrário dos comboios, equipamentos que estão «estagnados e paralisados», explicou a presidente brasileira. Os novos dez mil quilómetros representam um crescimento de 36% na malha atual.

O novo programa prevê a construção de ferrovias em pelo menos 15 estados, para facilitar o transporte da produção, principalmente de grãos, aos portos.

O ministro dos Transportes prevê a criação de 150 mil empregos diretos com as obras. Já a presidente realçou que a melhoria no escoamento da produção irá alavancar a economia e, por isso, gerar mais postos de trabalho.

Outra medida anunciada foi a conversão da estatal que hoje é responsável pelo trem de alta velocidade na Empresa de Planejamento e Logística (EPL), que irá estudar projetos de transportes para ampliar a capacidade do governo na área e atrair a iniciativa privada.

O governo prevê agora divulgar um plano para portos, hidrovias e aeroportos.
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