Alargamento de CES e ADSE é «injusto e inconstitucional» - TVI

Alargamento de CES e ADSE é «injusto e inconstitucional»

Arménio Carlos (Lusa)

Para a CGTP, esta é uma nova ofensiva contra trabalhadores e reformados

Relacionados
O líder da CGTP considerou esta sexta-feira que a decisão de alargar a aplicação da Contribuição Extraordinária de Solidariedade a mais pensionistas e agravar os descontos para a ADSE é «injusta e imoral» e deverá ser inconstitucional.

Governo acusado de «vingança sobre reformados»

UGT diz que Governo tem «fixação» pelos pensionistas

«Estamos perante uma medida injusta, imoral e, na nossa opinião, inconstitucional», afirmou Arménio Carlos em declarações à Lusa.

De acordo com o secretário-geral da CGTP, a decisão do Governo encarna «uma nova ofensiva contra os trabalhadores e os reformados» e o alargamento da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) constitui «a imposição de um novo imposto que, a concretizar-se, se iria traduzir numa redução ainda mais significativa do poder de compra com todas as consequências para as famílias e, particularmente para a procura interna».

O Governo anunciou na quinta-feira, a seguir à reunião do Conselho de Ministros, que vai alargar a base de incidência da CES e aumentar as contribuições dos beneficiários da ADSE, como forma de compensar o chumbo do Tribunal Constitucional relativo às medidas de convergência das pensões.

Admitindo ser necessário fazer cortes nos custos, Arménio Carlos defendeu que isso não pode ser feito à custa da despesa social.

Os cortes «têm de ser feitos na despesa supérflua, naquilo que são as gorduras do Estado», referiu, nomeando como exemplos «as parcerias público-privadas (PPP), os [contratos] swap e os juros da dívida, que levam todos os anos mais de 8 mil milhões de euros».

Por isso, concluiu, a CGTP vai «mobilizar os trabalhadores para contestar e derrotar» as medidas.
Continue a ler esta notícia

Relacionados

Mais Vistos