CGTP: «Esta é uma das maiores greves gerais de sempre»

O secretário-geral da CGTP defendeu esta quarta-feira que a greve geral de hoje é «uma das maiores de sempre realizadas em Portugal», já que resulta do combate dos trabalhadores contra «o medo e a resignação».

O país está a mostrar um cartão vermelho ao Governo e à troika: «Esta foi a resposta dos trabalhadores e das trabalhadoras que trabalham em Portugal contra polticia do Governo e da troika», frisou.

Em conferência de imprensa, Arménio Carlos quis ainda saudar «de forma particular todos os trabalhadores que participaram nesta greve e de forma muito especial dirigentes, delegados sindicais, elementos de comissao de trablahadores e muitos ativistas sindicais que integraram os piquetes de greve».

Numa intervenção junto à Assembleia da República, o dirigente sindical disse que «os trabalhadores estão a combater o medo e a resignação», realçando que «é preciso unir esforços».

Arménio Carlos lamentou ainda o resultado do encontro de terça-feira dos parceiros sociais com a troika, explicando que esta «não teve coragem para contrariar as propostas da CGTP, contra a redução do Estado Social, proposta pelo Governo».

«É preciso, é urgente, correr com esta gente» ou «Abril de novo, com a força do povo», são algumas das frases mais ouvidas no percurso dos manifestantes que se iniciou no Rossio.

Nas escadarias da Assembleia da República, bem como em toda a zona envolvente, é possível observar um significativo aparato policial, havendo uma barreira de grades destinada a separar os polícias dos manifestantes.



Nos transportes, está tudo praticamente parado e, só na saúde, a adesão à paralisação supera os 90%.

As autarquias estão sem recolha de lixo e com escolas encerradas. O sindicato diz que a meio da manhã adesão à greve nos setores operário e auxiliar das autarquias estava «nos 100% ou muito próximo».

Os voos cancelados já eram 111 nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro até às 12:30.

Acompanhe a greve geral ao minuto.