Citigroup paga 5,1 mil milhões por má conduta antes da crise - TVI

Citigroup paga 5,1 mil milhões por má conduta antes da crise

Citigroup

Terá de pagar ainda outros 1,8 milhões de euros para facilitar o refinanciamento de hipotecas para proprietários que se encontram em dificuldades económicas

O Citigroup anunciou esta segunda-feira um acordo com o Departamento de Justiça para pagar 7.000 milhões de dólares (5.100 milhões de euros) pela venda de hipotecas de alto risco anos antes da explosão da «bolha» financeira de 2008.

A entidade financeira, que deu a conhecer o acordo, pagará 4.000 milhões de dólares (cerca de 2.900 milhões de euros) em dinheiro de sanção civil ao Departamento de Justiça e 500 milhões (367 milhões de euros) à Oficina Federal de Seguro de Depósitos (FDIC, em inglês), resume a Lusa.

Além destas verbas, terá de pagar outros 2.500 milhões de dólares (cerca de 1.800 milhões de euros) para facilitar o refinanciamento de hipotecas para proprietários que se encontram em dificuldades económicas para fazer face a obrigações de pagamento.

O diretor do Citigroup, Michael Corbat, assegurou num comunicado que o acordo permite ao banco «avançar e focar-se no futuro, não no passado».

A instituição já tinha anunciado a intenção de fazer provisões de 3.800 milhões de dólares (cerca de 2.790 milhões de euros) das contas do segundo trimestre para fazer o pagamento.

O procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, sublinhou numa nota que a «má conduta do banco tinha sido indignativa» e que «sob os termos do acordo, o banco tinha admitido a má atuação».

A investigação das autoridades dos Estados Unidos inclui outras grandes atividades financeiras como o JP Morgan Chase, que em novembro passado aceitou pagar 13.000 milhões de dólares (9.550 milhões de euros) pela responsabilidade na venda de ativos financeiros de alto risco em troca de hipotecas antes da crise financeira de 2008.

O Bank of America tem aberto um caso similar e espera-se que nos próximos meses chegue a um acordo com os reguladores.
Continue a ler esta notícia