Grécia mais perto do desgoverno e de novas eleições - TVI

Grécia mais perto do desgoverno e de novas eleições

Syriza será hoje convidado a formar Governo. Mas conseguir uma coligação parece tarefa impossível

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A situação na Grécia aproxima-se a passos largos da ingovernabilidade. Depois de o partido mais votado nas eleições de domingo, o Nova Democracia, ter admitido que não conseguiria formar Governo, é agora a vez do segundo partido com mais votos, o Syriza.

O líder do partido de esquerda radical, Alexis Tsipras, será recebido esta terça-feira pelo Presidente da República grego, Caroulos Papoulias, e será convidado a formar Governo.

Antes dele, tinha sido a vez de Antonis Samaras, do Nova Democracia, mas o líder do partido conservador de direita não conseguiu convencer os partidos que se opõem ao memorando assinado pela Grécia com a troika a formarem um Governo de coligação.

De acordo com o sistema grego, o partido mais votado nas eleições tem três dias para formar Governo. Caso não o consiga, o segundo partido mais votado é convidado a fazê-lo, num prazo idêntico. E caso também esta segunda tentativa falhe, então é a vez de o terceiro partido com mais votos tentar formar Governo, neste caso, o PASOK, de esquerda.

Caso as três tentativas falhem, deverão ser convocadas novas eleições, o que se prevê para junho, já que nenhum dos três partidos parece ter condições para conseguir uma coligação.

O Nova Democracia conseguiu 18,8% dos votos, o Syriza 16,76% e o PASOK 13,2%. Qualquer um dos três precisará de alianças para poder formar um Governo de coligação. As opções são os Gregos Independentes, com 10,6%, o Partido Comunista com 8,47%, o Aurora Dourada com 6,97% dos votos e a Esquerda Democrática com 6,1%.

O atual cenário de incerteza política, dizem os analistas, tornam mais provável a saída do euro.
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