Melhores condições para Portugal: «Eurogrupo é que decide» - TVI

Melhores condições para Portugal: «Eurogrupo é que decide»

Comissão Europeia diz que «é algo que está a ser analisado», mas palavra final cabe aos ministros das Finanças da Zona Euro

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A palavra final sobre a possibilidade de Portugal vir a beneficiar das novas regras acordadas para o empréstimo à Grécia será dos ministros das Finanças da Zona Euro. Foi isso mesmo que fez questão de frisar esta quarta-feira a Comissão Europeia.

«É algo que está a ser analisado. Qualquer decisão terá que ser tomada pelo Eurogrupo», afirmou o porta-voz do comissário europeu para os Assuntos Económicos, Simon O'Connor, durante a conferência de imprensa do executivo comunitário, quando questionado sobre se Portugal e a Irlanda, países sob programa, beneficiarão das novas regras acordadas para o empréstimo à Grécia.

O assunto «não foi discutido na última reunião do Eurogrupo, que foi focada na Grécia», acrescentou o porta-voz, segundo a Lusa, sem adiantar mais pormenores.

No final da última reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, garantiu que a flexibilidade dada à Grécia também seria dada a Portugal e Irlanda - os outros países sob assistência financeira -, apontando que tal será discutido na próxima reunião, agendada para segunda-feira.

O ministro das Finanças Vítor Gaspar confirmou na terça-feira que Lisboa e Dublin vão beneficiar do princípio de igualdade de tratamento.

Se vier mesmo a acontecer, Portugal poderá assim conseguir poupar à volta de mil milhões de euros por ano, durante 10 anos, graças ao alívio concedido aos gregos.

O facto de o país passar a ter mais 15 anos para pagar o empréstimo da troika faz com que o prazo de reembolso fique em quase 30 anos. Para além disso, está previsto um adiamento de 10 anos para começar a pagar os juros sobre esse empréstimo. Alterações que terão um impacto, em concreto, de 983 milhões de euros.
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