Passos insiste: «Aumentar salário mínimo seria barreira ao emprego» - TVI

Passos insiste: «Aumentar salário mínimo seria barreira ao emprego»

Primeiro-ministro reconhece que salário mínimo, de 485 euros/mês, é «baixo» face a outros países mas garante que aumento criaria «sobrecusto» para empresas

Pedro Passos Coelho disse esta quinta-feira, em Haia, Holanda, que aumentar o salário mínimo nacional no momento atual seria criar um «sobrecusto» para as empresas e uma «barreira» ao emprego em Portugal.

Pedro Passos Coelho, que falava numa conferência de imprensa no final de um encontro com o seu homólogo holandês, Mark Rutte, esclareceu, em resposta aos jornalistas, as declarações que fez na quarta-feira, no parlamento, sobre o salário mínimo nacional.

«Eu afirmei ontem [quarta-feira], no parlamento, que um país que tem uma elevada taxa de desemprego não pode criar mais obstáculos à criação de emprego. Elevar, nesta altura, o salário mínimo nacional em Portugal seria criar um sobrecusto para as empresas e, portanto, criar mais uma barreira para o emprego», sustentou o primeiro-ministro.

Passos Coelho afirmou ainda, citado pela Lusa, que «seria politicamente demagógico», nas atuais circunstâncias, comprometer-se com um aumento do salário mínimo, acrescentando que «criar mais barreiras no acesso ao emprego seria uma irresponsabilidade» que não poderia «suportar».

O primeiro-ministro disse ainda que, apesar de o Governo estar «disponível» para discutir o tema com os parceiros sociais, não considera que, «antes da inflexão marcada pelo ressurgimento da economia, faça sentido estar a aumentar o salário mínimo nacional».

Na quarta-feira, durante o debate quinzenal, o primeiro-ministro afirmou que, quando um país enfrenta um nível elevado de desemprego, «a medida mais sensata que se pode tomar é exatamente a oposta» ao aumento da remuneração mínima e destacou que foi isso que a Irlanda fez, ou seja, baixar o salário mínimo nacional.

Hoje, Pedro Passos Coelho reconheceu que o salário mínimo nacional em Portugal, atualmente de 485 euros por mês, é «relativamente baixo» quando comparado com outros países europeus.

«Essa foi a razão, como eu recordei no parlamento, pela qual decidimos não baixar o salário mínimo nacional. Outros países fizeram isso, a Irlanda fez isso, por exemplo, mas o salário mínimo na Irlanda é mais do dobro do que em Portugal», argumentou o primeiro-ministro.
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